Cabos e soldados da Polícia Militar de Sinop estão aderindo ao movimento, realizado em redes sociais (Facebook e WhatsApp), para chamar atenção do governo do Estado quanto ao baixo salário dos praças. Em Sinop, foram criados três grupos com aproximadamente 50 militares, que exigem também mais condições quanto a estrutura física das unidades e de higiene pessoal.
De acordo com uma fonte, quando precisam fazer suas necessidades fisiológicas, quando estão nos plantões, os policiais são obrigados a utilizarem banheiros de postos de combustíveis. No CISC existe apenas um bebedouro utilizado pelos militares e por equipes da Polícia Civil. Reclamam que não existem alojamentos com condições mínimas de higiene durante as escalas de trabalho e do direito a folga.
Quanto a região, os militares reclamam que a Polícia Militar está sem sede própria e atualmente o Décimo Primeiro Batalhão, com sede em Sinop, seria sede do 3º Comando Regional (CR III).
As articulações iniciaram, na semana passada, após a divulgação de uma estatística sobre violência e quanto a estrutura das organizações policiais, durante a sétima edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Em Mato Grosso, o soldado tem um salário inicial de R$ 2.151,62, classificado como o 23º do país, superior apenas aos dos estados do Amazonas, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul, nos quais onde o policial dessa patente não ganha mais de R$ 1,3 mil ao ingressar na carreira.
Um documento elaborado em 2012 mostra que o salários dos oficiais da Polícia Militar é de R$ 17,596,00 e só é menor do que no Paraná, onde um coronel ganha R$ 21.531,36.
O movimento pelas redes sociais também não poupa críticas aos políticos, as entidades de classe e governo estadual.