A primeira parte do bloqueio foi hoje de manhã e durou cerca de 3 horas: 09 às 12:00hs. Por volta das 13:15hs, os trabalhadores rurais e sem-terra de Peixoto de Azevedo voltaram a impedir o tráfego na rodovia, na ponte do rio Peixoto. Só Notícias apurou que durante a manhã uma fila de cerca de 3km formou-se, até que o tráfego fosse liberado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Peixoto de Azevedo, Antenor Inácio Konrat (Juca), algumas pessoas protestaram tentando furar o bloqueio mas foi possível conter a todos. “É um movimento pacífico, estamos cobrando o Incra para resolver nossos problemas e ainda assim algumas pessoas estão revoltadas. Mas foi possível conter todos e quando liberamos a pista o tráfego voltou ao normal”, disse o sindicalista, referindo-se ao movimento feito esta manhã.
Até o momento cerca de mil trabalhadores de Peixoto de Azevedo, Matupá e Novo Mundo encontram-se no local e estão interditando a rodovia com veículos na pista e apresentando faixas de protesto. “Já tem uma fila razoável esperando o desbloqueio mas só vamos liberar no fim da tarde”, completou Juca, em entrevista ao Só Notícias.
Ele afirma, ainda, que os resultados já começaram a aparecer. Está marcada para hoje à tarde, uma audiência da Fetrag (Federal dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Sem-terra) de Mato Grosso com o Incra. “Até o final do dia, acredito que teremos uma resposta positiva”, reforça.
Conforme Só Notícias já informou, o manifesto é uma reivindicação dos trabalhadores para que o Incra crie novos projetos de assentamentos rurais e áreas da União, que estão ocupadas por fazendeiros, sejam destinadas para a reforma agrária. O Sindicato dos Trabalhadores estima que cerca de 340 hectares de terras da União estejam sendo ocupados por fazendeiros.