Desde às 07:00h, mais de 400 famílias de trabalhadores rurais fazem protesto na BR-163 em Sinop, na altura do Camping Clube, e em Peixoto de Azevedo e Matupá, sobre a ponte do rio Peixoto, para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) crie projetos de assentamentos.
Em Sinop, aproximadamente 290 famílias de Porto dos Gaúchos e do acampamento Nova Aliança, de Sinop, impedem o tráfego dos veículos. Em Peixoto de Azevedo são cerca de 200 famílias. As filas de veículos esperando para atravessar já chegaram a alcançar 5km´, desde o ínicio dos protestos na semana passada.
Segundo informações de um motorista que está aguardando em Sinop e não quis ser identificado, os assentados estão tomando atitudes drásticas para conter as pessoas.
“Meu caminhão ficou do outro lado (sentido Itaúba-Sinop) e eu fui atravessar o bloqueio a pé para tomar café na lanchonete e eles tentaram me amarrar, porque eu dei a informação de uma estrada desvio para um outro motorista. Ontem já deu uma confusão quando eles tentaram fazer o mesmo com outro motorista. Eles estão abusando do protesto e tomando atitudes drásticas para prosseguir com ele. Isso está errado, alguém tem que fazer algo”, disse, ao Só Notícias.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto dos Gaúchos, Lucinéia Bergamini, afirma que não houve agressão por parte dos assentados. “Nós apenas pedimos que ele não falasse do desvio para os outros motoristas e ele não gostou”.
Os assentados em Peixoto de Azevedo querem a criação do projeto do Planalto do Iriri em Matupá e os de Sinop querem a vistoria da fazenda Mandaguari para que lhes seja dada posse de terra. A vistoria já deveria ter sido feita na semana passada, conforme acordo entre Incra e trabalhadores.