A bolivina Celia Castedo Monasterio, funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia) que recebeu o plano de voo do avião da LaMia, que caiu deixando 71 mortos (jogadores, comissão técnica, dirigentes, convidados, jornalistas e tripulação) procurou, hoje, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, solicitando informações sobre refúgio. Ela estava acompanhada de um advogado em busca de informações e também foi ao Minitério Público. A informação é do G1.
A procuradora do MPF, Gabriela Tavares, confirmou a presença da funcionária da Aasana e do advogado e disse que entrou em contato com a sede em Brasília. O G1 informa que a secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, em coordenação com a procuradora de Corumbá, que faz fronteira com a Bolívia, "vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro".
A funcionária disse ter informado as autoridades bolivianas que alertou o representante da companhia LaMia que a quantidade de combustível não era suficiente para chegar a Medellín e que não seria possível chegar a outro aeroporto em caso de emergência. Ela disse que identificou que o tempo de voo era igual à autonomia do avião, e isso não era adequado e fazia falta um plano alternativo. A principal advertência se referia ao tempo de voo previsto entre Santa Cruz de La Siera e o aeroporto da cidade colombiana de Medellín (quatro horas e 22 minutos), que era o mesmo registrado para a autonomia de combustível que tinha a aeronave.
A funcionária está afastada das suas funções desde a última quinta-feira (1º). Ainda não foi confirmado se foi concedido refúgio para Celia.
Os 71 mortos foram sepultados no sábado em Chapecó (SC) e em cidades do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Pará, Pernambuco e Minas Gerais.
(Atualizada às 20:55h)