Começou, há poucos instantes, o bloqueio geral para caminhões e carretas carregados ou vazios em Sorriso. O bloqueio foi montado pelos caminhoneiros, que deflaglaram um movimento desde terça-feira, na altura do terminal rodoviário de Sorriso, apoiando o movimento dos agricultores que cobram mudanças na política econômica do governo Lula. Carros, ônibus e ambulâncias passam normalmente.
Atém ontem, os caminhões vazios podiam passar. Mas o bloqueio -que iniciou com cargas de grãos e insumos- hoje atinge produtos perecíveis, combustíveis, gás, dentre tantos outras cargas. Vários caminhões foram colocados no meio da pista. Ontem, por algumas horas, houve bloqueio geral e a Polícia Rodoviária Federal, com o auxílio da Polícia Militar, teve muito trabalho para manter a ordem.
Os agricultores de Sorriso, que mantém o movimento “Grito do Ipiranga”, continuam retendo apenas os caminhões com cargas agrícolas. A mesma situação ocorre em Sinop e Nova Mutum, onde estão sendo retidas somente cargas com grãos e insumos agrícolas.
Em Lucas do Rio Verde, ontem, houve momentos de tensão, entre caminhoneiros e outros motoristas, já que o bloqueio estava sendo geral, inclusive para carros de passeio e ônibus. Sob ameaça de alguns motoristas de incendiar os caminhões que impediam o tráfego, foi feita uma reunião e os coordenadores concordaram em liberar o tráfego retendo apenas as cargas de grãos e insumos.
Mas não está descartado outro bloqueio geral hoje à tarde. Só Notícias apurou que reuniões estão sendo realizadas para discutir o prosseguimento do movimento. Em Nova Mutum, também será realizada uma assembléia hoje, às 19:00h, para definir algumas estratégias do movimento.
Iniciado no município de Ipiranga do Norte,o movimento já dura cerca de 20 dias e ganhou proporção em outras regiões do país, e vai resultar no segundo tratoraço, no próximo dia 16, em Brasília, onde produtores de todo o país devem se reunir no Congresso Nacional, para cobrar soluções para a crise no setor.
Os agricultores estão tendo sucessivos pela queda do dólar e aumento nos custos de produção, fruto da política econômica do governo. O protesto derrubou em 65% o volume de fretes e os caminhoneiros, descontentes com o preço do diesel que também encarecem custos, aderiram ao movimento. Seriam mais de 10 mil, em 9 Estados, segundo projeções do sindicato da categoria.
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