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Blairo enfrentará “bolsões” de resistência dentro da aliança

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O governador Blairo Maggi e seus articuladores políticos vão enfrentar algumas dificuldades para aparar “arestas” que ainda existem dentro dos partidos aliados. Os “bolsões” de resistência são consideráveis. Prova disso foi dada na Convenção Regional do Partido dos Trabalhadores, que homologou o nome da senadora Serys Slhessarenko para disputar o Governo do Estado. Ao seu lado figuraram alguns expoentes políticos cujos partidos vão apoiar a reeleição de Maggi.

Entre os que passaram pela convenção do PT estão os deputados estaduais José Carlos do Pátio, que por muito tempo encenou ser candidato a governador pelo PMDB; e Zeca D´Ávila, do PFL, que também se colocou como candidato a governador pelo seu partido, mas ganhou poucos ouvidos. Outro que foi “felicitar” a senadora na caminhada rumo ao Governo do Estado foi o deputado Humberto Bosaipo, que havia prometido votar contra a aliança do PFL com o PPS de Blairo Maggi.

Para manter a tradição, o PMDB é o partido que têm mais problemas. Seguindo uma tendência do gigantismo partidário, a sigla abriga prós e contra a coligação. Mesmo tendo o candidato a vice, há insatisfações. O grupo liderado pelo ex-senador Carlos Bezerra, que já foi governador do Estado, é uma dessas alas do “bolsão” de resistência. Além de Pátio, esteve na convenção do PT pessoas ligadas ao ex-vereador Totó Parente, de fortes ligações com Bezerra – o que confirma a insatisfação.

Além de pefelistas e peemedebistas, também estiveram na convenção do PT integrantes dos quadros do Partido Liberal, que migrou para a aliança governista aos 46 minutos do segundo tempo; gente do PDT, liderada pela ala mais ligada ao produtor Otaviano Pivetta, que quer levar o partido para oposição, mesmo já tendo sido secretário de Desenvolvimento Rural do Governo Maggi. Outro que esteve na convenção petista foi Maksuês Leite, jornalista e apresentador de TV, candidato a deputado estadual pelo PP.

Petistas aproveitaram para fazer marola. Assessores da senadora Serys acreditam que a candidata deverá ganhar muito com as dissidências. Eles acha que Maggi não conseguirá conter os focos de insatisfação, especialmente pela falta de espaço político. “Não vai caber tanta gente no palanque deles” – ironizou um dos assessores.

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