Pelas pesquisas sobre a intenção de votos, o governador Blairo Maggi, da coligação “Mato Grosso Mais Forte e Justo” e o senador Antero Paes de Barros, do PSDB, deverão polarizar a disputa das eleições de outubro. Armados “até os dentes” para, se necessário, protagonizar uma campanha eleitoral de baixo nível, com ataques e acusações mutuas, os dois políticos, saíram iguais nesse começo de campanha: na outra ponta da campanha eleitoral, que é a das propostas – que é aquilo que deve interessar mais aos eleitores – Maggi e Antero de Barros falam a mesma linguagem: prometem investimentos na educação como prioridade absoluta.
A proposta dos dois é para ser levada a sério. Até porque Maggi e Paes de Barros são profundos conhecedores do Governo: Maggi é o atual governador e há quase quatro anos a educação vêm se mostrando como um dos principais pontos fracos da atual administração; Antero, por sua vez, não esteve diretamente no Governo, mas foi secretário da Casa Civil e depois de Comunicação Social na primeira gestão do então governador Dante de Oliveira e foi um dos principais pontos de sustentação do segundo Governo, já como senador da República.
“Minha mãe foi educadora” – disse Paes de Barros, ainda na segunda-feira, quando participou do ato de lançamento da candidatura de Thelma de Oliveira a deputada federal – na vaga que havia sido dada ao ex-governador Dante de Oliveira. Barros falou em investimentos e apontou como um dos principais fatores de alavancagem a implantação da Universidade de Mato Groso (Unemat) em Cuiabá e Várzea Grande. Nesta terça-feira, por sua vez, o governador Blairo Maggi disse que até quinta-feira o Plano de Governo para a segunda gestão ficará pronto e a educação será a principal prioridade. “Vamos discutir antes com os partidos aliados” – disse.
Com a senadora Serys, do PT, não deverá vir diferente quando o assunto for prioridade número 1, caso seja eleita. Professora, Serys já ocupou o cargo de secretária de Educação ainda na gestão do ex-governador Carlos Bezerra, do PMDB. Saiu de lá para a Assembléia Legislativa.
Em outras palavras, se depender dos candidatos, finalmente, a educação ganhará destaque a partir do ano que vem. Vale lembrar, todavia, que sempre o setor é exaltado pela classe política e os atuais indicadores do setor são avassaladores. Enem, Provão, Prova Brasil, entre outros, têm colocado a educação de Mato Grosso como uma das piores do país. A culpa, evidentemente, não é apenas da atual gestão. Os baixos índices de agora são reflexo de metodologias equivocadas e investimentos aquém do necessário. Resta saber, agora, o que deverá mudar mesmo.