Os eleitores de 32 municípios de Mato Grosso devem usar a identificação digital nesta que será a quinta eleição com biometria no estado. Em Cuiabá, Várzea Grande e mais nove municípios, o voto será do tipo híbrido, em que os eleitores serão identificados pela biometria e também pelo reconhecimento visual e assinatura.
O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luis Darienzo, explicou que o processo costuma ser um pouco mais lento por causa do reconhecimento biométrico caso haja algum problema na impressão digital. “A conferência da foto e da assinatura continuam, aí é acrescentada biometria, mas não chega a comprometer a execução”, explicou.
Vários simulados em nível nacional foram realizados para ajudar a adequar o tempo de uso da urna e do sistema biométrico. A meta da Justiça Eleitoral é identificar 100% dos eleitores por meio da impressão digital até 2022. Após as eleições, mais 26 cidades no estado devem recomeçar o cadastro.
De acordo com balanço nacional, nas eleições de 2014, o total de eleitores com identificação digital em municípios com reconhecimento biométrico era de 21,7 milhões de pessoas, ou 15,2% do eleitorado. Hoje, mais de 87 milhões de eleitores têm o cadastro biométrico atualmente no Brasil (60% do eleitorado).
Em Cuiabá e Várzea Grande os postos de atendimento da biometria funcionaram até o dia 09 de maio. Após essa data, foram desativados permanentemente. No dia 05 de novembro, a Justiça Eleitoral retomará a revisão. No entanto, o procedimento só acontecerá em Cuiabá, na Casa da Democracia e no Ganha Tempo do CPA I e em Várzea Grande, nas duas Centrais de Atendimento ao Eleitor, situadas nas avenidas Castelo Branco e Gonçalo Botelho.
O voto é obrigatório e, em caso de ausência, o eleitor paga uma multa de R$ 3,51 para cada turno. Todavia, o juiz eleitoral poderá aumentar em até 10 vezes o valor se considerá-lo ineficaz e se o eleitor tiver uma “boa” situação financeira
Caso não quite o débito, o eleitor fica impedido de se inscrever em concursos públicos, participar de licitações públicas, solicitar empréstimos em instituições financeiras do governo, como o Banco do Brasil, receber remuneração em cargos públicos ou tirar passaporte.