quinta-feira, 25/abril/2024
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Bancários podem fazer paralisações momentâneas em Sinop, Sorriso e Alta Floresta

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Bancários de Mato Grosso fazem assembléia geral hoje, às 18h, na sede do sindicato da categoria, em Cuiabá, para avaliar a proposta de reajuste dos banqueiros e decidir sobre um indicativo de greve.

A quarta rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários (CNB) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenab), realizada ontem (20, terça), em São Paulo, acabou em frustração. Os banqueiros propuseram reajuste de 4% e abono de R$ 1 mil, muito abaixo dos 11,77% de reposição reivindicada pelos funcionários em todo o país.

A assessoria do sindicato argumenta que, diante dos lucros exorbitantes dos banqueiros, a proposta de 4% foi considerada “indecente” pelo sindicato da categoria e juntamente com o corte constante quanto ao número de funcionários e do conseqüente prejuízo ao atendimento à população, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso alega motivos mais do que suficientes para deliberar na assembléia de hoje, por um indicativo de greve no Estado.

“Além disso, o abono é uma enganação. Trata-se de uma disposição transitória, que não é incorporada ao salário. O abono pode ser pago apenas uma vez e nunca mais”, afirmaram os bancários.

O sindicato vem efetuando paralisações das 11h às 12h em agências bancárias de Cuiabá e Várzea Grande desde o dia 30 de agosto. E já está agendada uma greve de advertência, de 24 horas, para o dia 28 de setembro (quarta-feira), em todos os bancos, públicos e privados, além da possibilidade de estar estendendo o ato para vários outros municípios, como Sinop, Sorriso, Cáceres, Alta Floresta, Diamantino e Tangará da Serra.

E se os banqueiros, representados pela Fenaban, não elevarem a proposta de reajuste, a partir do dia 06 de outubro os bancários de Mato Grosso poderão entrar em greve.

Em 2004, o setor de bancos no Brasil superou a marca dos 20%. Foi o setor de capital aberto que mais lucro no país. O Banco do Brasil, por exemplo, nos seis primeiros meses de 2005, já obteve lucro 39% maior que o conseguido no mesmo período do ano passado. Assim como o Itaú atingiu 35% a mais de rentabilidade no primeiro semestre deste ano em relação a 2004.

“Os bancos estão aumentando muitos seus lucros, e com o trabalho dos bancários, só que desrespeitam a categoria no dia-a-dia, com excesso de pressão, metas abusivas, corte de pessoal, e, agora, com uma proposta indecente de 4% de reajuste”, explicou o secretário de Imprensa do sindicato, Eduardo Alencar, presidente do sindicato.

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