A greve dos bancários manteve fechados, hoje (3), 7,9 mil agência e centros administrativos em todo o país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O balanço foi divulgado após reunião do Comando Nacional dos Bancários, quando foi aprovada a orientação para que os sindicatos regionais se mobilizem para ampliar o movimento.
Segundo a Contraf, desde o início da greve, na terça-feira da semana passada (27), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não apresentou nova proposta além da que prevê reajuste salarial de 8%, rejeitada pela categoria. Os bancários argumentam que o percentual é baixo e significa apenas 0,56% de aumento real. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8%, um aumento de 5% sobre a inflação.
A categoria também quer maior participação nos lucros e resultados e elevação do piso salarial. "O salario inicial dos bancários brasileiros é menor que o piso dos trabalhadores argentinos e uruguaios. Isso é um absurdo, uma vez que os bancos brasileiros estão entre os maiores e mais lucrativos do continente", reclamou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.
Conforme Só Notícias já informou, até sexta-feira (30 de setembro), de acordo com dados do sindicato, eram 138 agências em Mato Grosso com as portas fechadas. Em Sinop, dez agências bancárias aderiram ao movimento. Em Sorriso aderiram ao movimento trabalhadores da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e HSBC.
Devido a greve dos bancários, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) aponta outros meios para que a população possa realizar as transações bancárias ou pagar as contas, por exemplo. A entidade cita canais como caixas eletrônicos (179 mil em todo o país), Internet Banking, Mobile Banking (operações por celular), além de outros 165 mil correspondentes não bancários – tais como casas lotéricas, agências dos correios (também em greve), redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.