
“Não tenho dúvidas que todas as unidades bancárias estarão fechadas. Eles deram uma proposta muito inferior à reposição. Haverá apenas o autoatendimento, trabalho interno e atendimento aos aposentados. Nosso poder de compra enfraqueceu durante este período. Os bancos têm como repor pelo menos a inflação aos funcionários”, disse Saltareli, ao Só Notícias.
A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação; piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários e auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
“A proposta de 6,5% de reposição [proposta pelos banqueiros] representa apenas 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%), o que significa uma perda salarial de 2,80%. E ainda insistem na política de abono que tanto prejudicou a categoria nos anos 1990. Além de ser uma proposta insuficiente, questões importantes, como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho foram ignoradas pelos patrões”, avaliou o presidente do sindicato estadual e integrante do Comando Nacional, Clodoaldo Barbosa.


