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Bancários de MT consideram proposta “insuficiente” e greve está mantida

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Nem a onda de ataques a bancos, arrombamentos a caixas eletrônicos e reclamação de clientes nas filas, fizeram a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentar uma proposta que se refira a estes problemas. Na última rodada de negociação entre os bancários e os bancos na sexta-feira (23), a proposta dos bancos foi considerada insuficiente pelos trabalhadores que constantemente cobram segurança nos bancos e mais contratações. Devido a este impasse, a greve está determinada para começar na terça-feira (27).

Em diálogo com a população, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) recebeu uma série de depoimentos, entre eles está de uma aposentada que afirmou que sente medo todas as vezes que tem que ir ao banco para sacar a sua aposentadoria. “Tenho medo de ser assaltada, de levarem o meu dinheiro, mas eu preciso vir para realizar o saque”.

A insegurança nos bancos se explicita com o número de ataques, somente até setembro deste ano foram 25, sem falar nas ações criminosas aos caixas eletrônicos que já somam 69. O número de saidinhas de bancos é crescente com o aumento de vítimas que são abordadas por criminosos. Mesmo com a determinação municipal para instalação de biombos, há bancos que estão na ilegalidade e nem mesmo na mesa de negociação, aprovaram a instalação para reforçar a segurança, além da instalção de portas giratórias, câmeras nos prédios e vidros blindados na fachada.

No interior de Mato Grosso, a situação de insegurança é a mesma. Relato de um bancário afirma que a sensação de que a qualquer momento será vítima de assalto é constante. “Tenho medo de ir trabalhar e ser refém de assaltantes, deles entrarem atirando na agência”.

Além da insegurança, outra reivindicação negada na mesa de negociação pela Fenaban foi mais contratações nas agências. Com a sobrecarga de trabalho, bancários são acometidos por doenças ocupacionais e submetidos a metas abusivas. Do outro lado estão os clientes que demoram para ser atendidos em razão do número reduzido de funcionários.

O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, destaca que os bancos, que somente neste primeiro semestre lucraram mais de R$ 27 bilhões, devem valorizar a população e ter responsabilidade social, a começar pelo investimento em seguraça bancária e mais contratações para melhor atender os clientes.

“É um absurdo os bancos se negarem a atender nossas reivindicações. Sempre apostamos na negociação, mas os bancos não estão valorizando seus empregados e nem a população, por isso vamos entrar em greve. Nossa luta é por emprego decente, pela segurança, por igualdade de oportunidade, pelo fim do assédio moral.Nossa mobilização não visa somente o reajuste salarial, visa melhorias no ambiente de trabalho para todos e respeito para a população”.

Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.

Os bancos ofereceram Índice de 8% nesta última negociação (23), nenhuma proposta para segurança e nem se comprometeram em mais contratações. Na segunda-feira (26), às 18h, os bancários se reunirão na sede do Sindicato dos Bancários para definirem ações para greve que inicia na terça-feira (27) em todo Estado.

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