Análise do relatório técnico preliminar sobre a morte de seis macacos-prego em Sinop no início deste mês, ao qual Só Notícias teve acesso, “sugere fortemente um quadro clínico de envenenamento por compostos caracterizados como inibidores de colinesterase”, “possivelmente ofertado em porções de frutas (bananas) encontradas no conteúdo gástrico dos animais necropsiados”. O relatório é assinado pelos professores doutores Elaine Dione, Rafael Arruda e Guilherme Emerick, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O documento aponta que a concentração sanguínea das colinesterases (grupo de enzimas que desempenham um papel crucial na regulação da transmissão do impulso nervoso) nas amostras de dois macacos quando comparada a outro animal que foi tratado e recuperado e a um animal não exposto, confirmaram a hipótese de envenenamento.
De acordo com Elaine, o relatório prévio já foi encaminhado à secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que, nos próximos dias, fará o envio ao Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (LACEN), Laboratório de Apoio a Saúde Animal (Lasa) e à Perícia Oficial e Identificação (Politec).
Os resultados finais estão previstos para a primeira quinzena de julho. Até a data, o Parque Florestal, onde os animais habitam, permanece fechado.
Encontrados entre os últimos dias 09 e 10, na avenida das Sibipirunas e rua das Sálvias e Umaris, os animais apresentaram sinais clínicos de dificuldade motora e respiratória, convulsões, presença de secreção sanguinolenta na região oronasal e, por conseguinte, morte súbita. Morreram quatro machos jovens e duas adultas fêmeas, e sobreviveu um adulto macho.
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