Balanço da Auditoria de Gestão da Primeira Instância, vinculada à Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, aponta significativo crescimento no número de julgados em ações de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública no mês de setembro, em comparação ao mês anterior. Foram sentenciados 43 processos relacionados à improbidade, o que representa aumento de 86,9% em relação a agosto, quando 23 processos foram julgados. Em relação às ações penais, a evolução atingiu a marca de 34,1%, pois 55 processos foram sentenciados. No mês anterior foram contabilizadas 41 sentenças.
Os dados são referentes à Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instituída em novembro de 2012 durante o VI Encontro Nacional do Poder Judiciário, e que tem como objetivo o julgamento, até o fim deste ano, dos processos contra a administração pública e de improbidade administrativa distribuídos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Justiça Federal e aos estados até 31 de dezembro de 2011.
Segundo a analista judiciária Doralice Mendonça Faust, que atua na Auditoria de Gestão com outros seis servidores, o resultado obtido no último mês é resultado das notificações feitas aos juízes das 79 comarcas do Estado. “Trabalhamos diariamente em cima dos processos relacionados à Meta 18. Primeiro fazemos notificação via SIAP (Sistema de Inspeção e Acompanhamento de Produção). Esperamos o prazo e, caso não seja cumprido, fazemos nova notificação via Malote Digital”, salienta. Dependendo da quantidade de processos, o prazo concedido varia de cinco a 20 dias para que uma nova notificação seja feita.
Como geralmente envolvem processos complexos e bastante volumosos, e considerando a necessidade de se observar o devido trâmite processual, muitos magistrados solicitam a prorrogação do prazo para analisar o processo. “Se o prazo pedido for pequeno, pelo próprio sistema podemos conceder a prorrogação. Mas prazos maiores são analisados pelo corregedor-geral, caso a caso. Nós estamos trabalhando, assim como os magistrados e servidores, para que a meta seja cumprida. Todos estão bastante empenhados”, ressalta Doralice.
Balanço – Desde o início do ano foram julgados 273 ações penais administrativas e 128 processos relacionados à improbidade em todo o Estado. Tendo em vista a complexidade das causas, esse número representa um grande avanço, segundo o corregedor-geral da Justiça, desembargador Sebastião de Moraes Filho. “Esse resultado é bastante positivo e demonstra que estamos empenhados em alcançar o cumprimento da Meta 18, apesar das dificuldades enfrentadas por conta do reduzido número de servidores, da complexidade dos processos, bastante volumosos e do elevado número de réus em muitos casos, além dos múltiplos recursos usados pelas partes, que têm direito à ampla defesa”.
Em Cuiabá, no mês passado outros quatro magistrados foram designados para atuarem no regime de exceção decretado na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Crime Contra a Ordem Tributária e Econômica e Crime Contra a Administração Pública. São eles: Anderson Candiotto, Adriana Sant”Anna Coningham, Gerardo Humberto Júnior e Myrian Pavan (Provimento nº 29/2013 do Conselho da Magistratura). Eles vão sentenciar os processos conclusos, sem prejuízo de suas funções e sob a coordenação da titular da vara, a juíza Selma Rosane Santos Arruda.