Os auditores fiscais do trabalho (AFTs) da Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso estão paralisados por tempo indeterminado desde o dia 18 e fazem campanha conjunta com os auditores fiscais da Receita Federal e analistas, reivindicando melhores condições de trabalho e salários.
os auditores reivindicam equiparação de salários com os delegados da Polícia Federal, que recebem R$ 18 mil –os auditores ganham, em média, R$ 13.300. O salário de um auditor em início de carreira é de R$ 10 mil, já incluindo R$ 3 mil de um adicional sobre metas de trabalho.
A categoria decidiu entrar em greve nacionalmente porque as negociações com o governo não apresentam avanços desde outubro do ano passado. Com a paralisação ficam suspensas as fiscalizações externas e o atendimento interno nos plantões de orientação aos trabalhadores na Superintendência Regional.
Os auditores do trabalho são responsáveis por fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista e das normas de segurança e saúde, além de atuarem no combate direto ao trabalho escravo e trabalho infantil, e na mediação de conflitos entre empregados e patrões. Os AFTs também fazem a verificação do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), cuja arrecadação tem crescido significativamente nos últimos anos, ampliando as possibilidades de o governo investir em obras de infra-estrutura, saneamento básico e habitação popular.