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Atestados de servidores de MT passam a ser investigados

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Vinte e nove servidores do governo do Estado de Mato Grosso estão afastados atualmente por causa de atestados entregues pelo médico psiquiatra Ubiratan Magalhães Barbalho. A informação é da Secretaria de Administração (SAD), que destacou não ser somente policiais militares que estão de licença, mas funcionários públicos de outras pastas do governo.

A SAD, na semana passada, havia afirmado que investigaria cada caso para identificar o autor dos atestados. A exigência foi feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), que cobrou uma posição do governo do Estado sobre a situação.

Além da Polícia Militar, também estão de licença servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Secretaria de Administração (SAD), Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) e Polícia Judiciária Civil (PJC). A quantidade de funcionários afastados em cada pasta não foi divulgado.

A informação foi passada pela secretária-adjunta de Gestão de Pessoas, Sandra Almeida, que, por toda a tarde de ontem, esteve em reunião. A quantidade de servidores afastados foi transmitida pela assessoria de comunicação.

Após essa identificação, a primeira exigência do Ministério Público (levantamento), já foi cumprida. A SAD irá reavaliar a situação desses servidores, para definir qual posição tomar. Inicialmente a pasta não punirá os ausentes, pois ainda não sabe quais realmente obtiveram os documentos de maneira ilícita, destacou o assessor. “Depois do resultado (da nova avaliação) é que vamos definir a ação”.

O médico Ubiratan foi flagrado vendendo atestado médico para uma policial militar sem que ela tivesse qualquer problema de saúde. Cada atestado era comercializado entre R$ 50 e R$ 150, dependendo da data de retorno da pessoa.

Além disso, o médico indicava medicamentos para combater a depressão, por exemplo, sem ao menos examinar a paciente. Em 2010, a Corregedoria da Polícia Militar constatou que o médico emitiu quase 90 atestados aos militares.

Ele disse posteriormente que foi vítima de uma “armação”. No entanto, na gravação realizada, ele destacou que “os coronéis me amam”, por agir dessa forma no meio.

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