A situação nos municípios de Terra Nova do Norte, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, continua crítica com a interdição de um trecho da BR-163, ocasionada pela abertura de uma cratera. A forte chuva do final de semana acabou abrindo um buraco no asfalto de 10 metros de extensão por 5 de profundidade. O bueiro não suportou o volume de água e acabou levando parte do asfalto. A rodovia está interditada entre o município de Terra Nova e Peixoto de Azevedo. Além do rompimento da pista, duas pontes caíram.
A prefeita de Peixoto de Azevedo, Cleuseli Heller (Baiana), também enfrenta o mesmo problema. O tráfego de veículos foi liberado somente à tarde, depois que o Departamento Nacional de Infra-estrtutura e Transporte (Denit) autorizou a empresa que realizou a obra do asfalto, a fazer um aterro de pedra em caráter provisório, o que permitiu a passagem de veículos. A prefeitura colocou inclusive o maquinário à disposição para realizar o trabalho do aterro. Peixoto também vive da produção do leite e com a interdição, os produtores não puderam transportar o produto para as cooperativas. “A comunidade mais prejudicada no momento é a Gleba União do Norte, onde estão mais de cinco mil famílias. Nesta comunidade os problemas são mais graves, devido à necessidade de transferência de pessoas com problemas de saúde”, disse a prefeita.
O prefeito de Terra Nova do Norte, Manoel Rodrigues de Freitas Neto, garantiu que a situação no município é de calamidade pública. Segundo ele, as comunidades rurais continuam isoladas, pois as estradas vicinais estão interditadas. A produção de leite que é uma das bases econômicas do município está comprometida, pois os produtores não estão conseguindo levar o produto para as cooperativas. “Com isso, o município já acarreta prejuízos. Além disso, a prefeitura suspendeu as aulas nas escolas da zona rural. Não há condições de manter o transporte escolar neste período chuvoso”, assegurou.
Os prefeitos de Guarantã do Norte, Terra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo, já têm diversas audiências marcadas nesta terça-feira com o secretário de Estado de Infra-Estrutura, e com a Defesa Civil em busca de uma solução mais rápida para o problema que afeta a região Norte de Mato Grosso.