A Assembleia Legislativa é uma das parceiras do projeto voltado para os homens com o objetivo de combater à violência doméstica e familiar contra as mulheres. O presidente do Poder Legislativo, Guilherme Maluf (PSDB) e a presidente de honra da Sala da Mulher, Maria Teresa, juntamente com o governo do Estado e o Tribunal de Contas assinaram, hoje, o acordo de cooperação técnica proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE), para trabalharem em conjunto no projeto “Homens que agradam não agridem”.
O projeto visa despertar a consciência da importância da participação dos homens no combate e enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, transformando-os em parceiros das mulheres na luta por igualdade de gênero.
“Temos números no Brasil e em Mato Grosso que nos preocupam, pois a violência contra a mulher acontece exatamente no núcleo familiar, então é preciso sensibilizar os homens para que esses números assustadores possam reduzir. A Assembleia Legislativa vem ajudando neste processo, fazendo capacitação pela Sala da Mulher e vamos apoiar o projeto desenvolvido pelo Ministério Público que é muito interessante, pois muda o foco e vai precisamente no homem”.
O parlamentar lembrou que no próximo dia 7, o Poder Legislativo realiza audiência pública em Cuiabá, de sua iniciativa, para conscientizar a sociedade sobre a importância de denunciar e combater a violência contra as mulheres. De acordo com Maria Teresa, a Sala da Mulher é parceira do projeto que resgata a consciência masculina sobre a importância de colaboração do homem na luta pelos direitos igualitários.
“A violência só gera coisas ruins, principalmente dentro de casa. Por isso, esse projeto visa em palestras e cartilhas, durante dois anos, sensibilizar mais de cinco mil homens para que possam discutir e avançar sobre o combate à violência contra a mulher, através da educação”.
Dados repassados pelo Ministério Público apontam que o Brasil é um dos países onde a violência é maior contra a mulher, sendo que 13 são assassinadas por dia, ou seja, uma a cada duas horas. “Vamos prevenir a violência doméstica nos canteiros de obras, empresas, hospitais, escolas, universidades, chamando os homens para terem consciência para que não tenhamos tanta desigualdade entre os homens e as mulheres, evitando o machismo e que os homens entendam a importância sobre a Lei Maria da Penha, sobre as tarifas domésticas”, explicou a coordenadora do núcleo de enfrentamento à violência doméstica da capital, Lindinalva Rodrigues.
Em Cuiabá, neste ano, não foi registrado nenhum caso de mulher assassinada por violência doméstica, e de acordo com Lindinalva, isso se deve ao trabalho preventivo que é realizado há uma década. “O Brasil é um país machista, que nega que é machista, é um país racista que nega que é racista, é um país da hipocrisia”.