O vigilante Paulo Ferreira Martins, 41 anos, assassino confesso da adolescente Maiana Mariano Vilela, 16 anos, foi posto em liberdade, ontem. Ele estava detido no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) desde 2012. A liberdade foi concedida pela 1ª Câmara Criminal. Além da liberdade, em outubro deste ano o vigilante também conseguiu anular a sentença de pronúncia para enfrentar júri popular pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
De acordo com advogado de Paulo Martins, Givanildo Gomes, a Justiça concedeu a liberdade do réu, após entender que o prazo legal de instrução processual teria sido ultrapassado. Ele destaca que para que uma pessoa fique detida é necessário que a Justiça cumpra os prazos legais. "Sem uma sentença penal transitada em julgado não há motivos para que uma pessoa continue presa. Isso figura constrangimento ilegal".
Além de Martins, outros envolvidos no caso são o empresário Rogério da Silva Amorim, 39 anos, e o pedreiro Carlos Alexandre da Silva, 31 anos, que continua recluso na PCE e nega participação no homicídio. Rogério, que era amante da adolescente e é acusado de ter encomendado a morte de Maiana, teria contratado os dois executores. Ele responde pelo crime em liberdade e nega o crime.
Caso – Maiana, que inicialmente foi dada como desaparecida, morreu asfixiada e foi enterrada em uma cova rasa, na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá. As investigações tiveram duração de cinco meses. Paulo chegou a confessar o homicídio em detalhes e apontar onde tinha enterrado o cadáver.