Fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), agentes da Polícia Federal e Força Nacional continuam mobilizados na região, executando a operação Arco de Fogo. Desde março, 25 serrarias foram fiscalizadas na região de Sinop e, de acordo com o Ibama, em todas foram encontradas irregularidades.
As mais comuns são depósito de madeira sem origem legal, venda sem licença e transporte sem guia florestal. Os 67 autos de infração aplicados resultaram em R$ 9,1 milhões de multas. Foram apreendidos 2,5 mil metros de madeira em tora, 4,4 mil metros cúbicos de madeira serrada, 15 caminhões e 605 metros de carvão.
Ainda, 9 madeireiras foram embargadas, mas todos voltaram a operar por decisão da Justiça. Conforme Só Notícias informou no início, as indústrias questionaram a medição de madeira e toras feita pelo instituto, que não estaria em conformidade com a exigida pelos órgãos ambientais do Estado. Sendo assim, a Justiça entendeu que deveriam voltar a trabalhar.
A Arco de Fogo foi anunciada pelo Ministério de Meio Ambiente como medida para combater o desmatamento em municípios da região Amazônica, que estariam entre os maiores devastadores. Mas as ações vem ocorrendo em várias cidades e não somente em áreas desmatadas.
A condução dos trabalhos foi questinada pelo setor de base florestal que chegou a pedir a suspensão da operação. No mês passado, uma comissão externa do Senado realizou audiências em Sinop e Alta Floresta para ouvir as reivindicações de entidades e empresários e também cogitou a possibilidade de pedir a suspensão da ação.
O grande questionamento é a forma que os trabalhos são conduzidos, sendo as vistorias acompanhadas de policiais fortemente armados. O relatório da comissão deve sair em breve.