A Justiça estadual determinou a intimação de João Arcanjo Ribeiro, Júlio Bachs Lindomar e Célio Alves de Souza no procedimento que antecede a marcação do tribunal do júri referente aos assassinatos de Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy Filho e tentativa de homicídio de Gisleno Fernandes.
Os crimes ocorreram em cinco de junho de 2002 e também têm como acusados Hércules de Araújo Agostinho, que já foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão em março de 2012, além de Frederico Carlos Lepesteur, que morreu em de setembro de 2007, vítima de câncer.
Atualmente, o processo tramita na 1ª Vara Criminal que aguarda somente o cumprimento da intimação para incluir o caso na pauta de julgamento deste ano. Este será o segundo tribunal do júri de Arcanjo. O primeiro ocorreu em outubro de 2013, quando foi condenado a 19 anos de prisão, apontado como mandante da execução do jornalista e empresário Domingos Sávio Brandão.
Os crimes contra Rivelino, Fauze e Gisleno foram cometidos no meio da tarde em uma oficina mecânica localizada na avenida Historiador Rubens de Mendonça, no Centro de Cuiabá. No entendimento do Ministério Público do Estado (MPE), Rivelino era o alvo e Fauze morreu porque o acompanhava. Gisleno também acompanhava as vítimas e foi baleado ao ser confundido pelos pistoleiros como segurança da dupla.
A denúncia aponta que Arcanjo foi o mandante, enquanto Júlio e Lepesteur contrataram Célio e Hércules para matar Rivelino, que também fazia parte da organização criminosa de Arcanjo, mas estava desobedecendo ordens.
A denúncia do MPE aponta que Rivelino atuava na exploração de caça-níqueis, em Chapada dos Guimarães e Várzea Grande. Ele seria responsável por ter apresentado a Arcanjo pessoas do Rio de Janeiro envolvidas com o esquema e também possuía alguns equipamentos.
Durante julgamento, Hércules confessou ter atirado em Rivelino e afirmou ter sido contratado para o crime, mas disse desconhecer quem seria o mandante.