sexta-feira, 19/abril/2024
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Arcanjo depõe sobre dinheiro para político e quer receber R$ 40 milhões

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R$ 40 milhões de reais. Esta bolada é o que João Arcanjo quer receber de seus devedores e está brigando na justiça para isso. Mas não é só este valor que o morador mais ilustre da Penitenciária de Pascoal Ramos, o comendador João Arcanjo Ribeiro, que neste momento está sendo ouvido pela Polícia Federal exige. Ele também quer de volta com juros e correção monetária todas as “vitaminas” que passou para os políticos durante as duas últimas campanhas políticas – 1998 e 2002 – e de volta o abastecimento generoso que fez para a Assembléia Legislativa.

O desejo de ter as “vitaminas” de volta, o dinheiro que lhe devem, foi confirmado na manhã deste domingo pelo próprio advogado do capo do jogo do bicho em Mato Grosso, Zaid Arbid, em tumultuada entrevista na porta da Penitenciária Pascoal Ramos, para onde foi para acompanhar o depoimento de seu cliente à Polícia Federal e, posteriormente, à toda a imprensa local, inclusive a Folha do Estado, jornal que o advogado diz ter a simpatia de Arcanjo, que afirma não matou e muito menos mandou matar seu fundador Sávio Brandão.

Ao chegar ao complexo penitenciário, Zaid Arbid disse que seu cliente está preparado para contribuir naquilo que lhe for perguntado. E confirmou que tem duais missões hoje. “Atualmente eu trabalho com duas missões. Vitamina para as campanhas políticas e o abastecimento das contas da Assembléia Legislativa”, disse, explicando que existem valores significativos. Ao ser indagado sobre quais seriam estes valores significativos completou. “Tudo aquilo que é significativo é acima de R$ 500 mil.

O advogado de Arcanjo confirmou que seu cliente quer receber o dinheiro que lhe devem. “O assunto que tenho com meu cliente é outro. E outro crédito que se resume em 22 notas promissórias de R$ 700 mil reais cada uma, na época dariam R$ 15,4 milhões, em valores de hoje quase R$ 40 milhões”, numa clara alusão de que estes valores são referentes a outras dívidas e não conta aquilo que a classe política deve a seu cliente.

Coletiva
Zaid Arbid não confirmou se João Arcanjo dará a tão esperada entrevista coletiva ao final dos depoimentos que está prestando à Polícia Federal. “Não sei, estou chegando agora e ainda não conversei com o Arcanjo. Mas acredito que se houver esta entrevista ela será para toda a imprensa, sem discriminação de ninguém, nem mesmo da Folha do Estado, que é um jornal de que meu cliente tem muita admiração, mesmo porque ele não matou e não tem nada a ver com a morte de seu fundador Sávio Brandão”, esclareceu.

Sobre a entrevista que João Arcanjo concedeu à Rede Globo de Televisão e que deve ir ao Fantástico na noite deste domingo, Zaid Arbid preferiu manter o mistério. Disse que não sabe de toda a entrevista, pois quando chegou na quinta-feira à Penitenciária do Pascoal Ramos, Arcanjo já estava conversando com os repórteres globais. “Perdi parte da entrevista. Não sei o que foi dito”, se limitou a falar, ressaltando que não sabe se ela vai ao ar nesta domingo. “Não sei se vão colocar a matéria no ar. Isso é um problema da Rede Globo”, completou.

Indagado pelo site se João Arcanjo Ribeiro estaria fazendo um acordo com o Judiciário para revelar tudo o que sabe nesta coletiva à imprensa em troca de uma pena menor, seu advogado foi enfático. “Que acordo você pode fazer administrativo e via imprensa? A imprensa tem o vigor dela, a força dela, mas como você vai negociar, ingressar o que foi feito no judiciário em si, isso é impossível”.

O advogado de Arcanjo enfatiza ainda que não existe nada de delação premiada. “Não existe delação premiada. A delação premiada só acontece no início da investigação. Arcanjo já está condenado. Não tem delação premiada. Em jogo está a seriedade do poder judiciário. Não será nem um ou outro elemento que pode denegrir a imagem do pode judiciário.

Zaid Arbid aproveitou para atacar o Ministério Público ao afirmar que ele e seu cliente não fazem negócios com esta instituição, que diz estar contaminada pela vaidade de vários de seus integrantes que sonham em colocar suas mãos na calçada da fama. “Não fazemos negócios com o Ministério Público. Ele foge da verdade como o diabo foge da cruz. Els construíram provas que não existem. Encontramos resistência da vaidade consolidada, se acostumaram com notoriedade, com os flashes das máquinas fotográficas e das câmeras de TV, pensam que estão na calçada da fama. Não querem voltar aos fatos para enxergar e reconhecer a verdade. Problema substância, de remover a vaidade”, instigou.

O advogado de Arcanjo, cercado por canetas, gravadores, por flashes e câmeras de TV foi mais além. “No Ministério Público existem casos típicos de vaidade política, de pessoas que industrializaram provas, que fizeram tudo contra o Arcanjo e que hoje foram convidadas para disputar cargos de Governador a Senador”, Indagado se acusava o promotor público Pedro Taques, Zaid completou, “pode ser”. Não sou eu quem digo isso, é a imprensa. Está em todos os jornais, em suas primeiras páginas que ele foi convidado pelo PMDB para disputar de Governador a Senador

Sobre a questão do PSDB estar devendo João Arcanjo, o advogado disse que “é um assunto que tem de ser discutido com o próprio Arcanjo. “Eu não tenho mais informações”.

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