O contrato de concessão de cinco linhas de transmissão de energia elétrica em Mato Grosso, leiloadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em junho deste ano, foram assinados ontem, em cerimônia no Ministério de Minas e Energia. A partir de agora, o consórcio formado por uma empresa do Estado do Amazônas (51%) e outra de Minas Gerais (49%) podem começar as construções dos linhões, que devem entrar em operação comercial em 20 meses. Conforme Só Notícias informou, as concessões foram outorgadas na última semana.
As linhas em território matogrossense somam 775 quilômetros de extensão e são destinadas a reforçar o Sistema Interligado Nacional (SIN). A receita anual permitida pela outorga é de R$ 36,79 milhões, com geração de 2.7 mil empregos diretos. Serão construídas as linhas de transmissão em 230 kv e as subestações:
LT Maggi – Juba, com 232 km de extensão.
LT Parecis – Maggi, com 106 km.
LT Juína – Maggi, com 215 km.
LT Nova Mutum – Sorriso, com 145 km.
LT Sorriso – Sinop, com 77 km.
SE Parecis 230/138/13,8
SE Juína 230/138/13,8
Os linhões ‘passarão’ por Sinop, Vera, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tangará da Serra, Juína, Brasnorte, Sapezal e Campo Novo dos Parecis, possibilitando o escoamento de energia elétrica dos diversos projetos de geração (incluindo pequenas centrais hifrelétricas – PCH’s) que se implantarão nas regiões Norte, Médio Norte e Noroeste do Estado. A previsão é que em 2010, 1.120 MW de energia produzidos por um parque de PHC’s estejam disponíveis, aumentando a capacidade de geração de energia elétrica, contribuindo com o desenvolvimento de Mato Grosso.
Desde 1998, a Aneel licitou e autorizou 34,079 mil quilômetros de linhas de transmissão, das licitadas 14.885,6 km estão em operação. Este ano, 2,232 mil quilômetros de linhas foram energizados e há previsão de entrada de mais 3,503 mil quilômetros até dezembro.
O governo almeja, nos próximos anos, ampliar a distribuição de energia por todo o território nacional, visando atender as demandas provocadas para a indústria, comércio, entre outros segmentos, com base no crescimento econômico, evitando assim, a possibilidade de apagão energético, como aconteceu no início desta década. Conforme Só Not;icias já informou, o último levantamento da Aneel aponta que 46% do consumo é de indústrias, 24% residencial, 15,6% do segmento comercial e 14% são de iluminação, poderes públicos, redes rurais e outros.