O atual presidente da AMM – Associação Mato-grossense dos Municípios, Zeno Gonçalves, criticou a demora dos recursos para atender situações de emergência e propôs a realização de um estudo para detectar as regiões mais atingidas e traçar um plano de ações preventivas, envolvendo municípios, Estado e Governo Federal. “É possível prevenir um problema que se repete todos os anos”, alerta Zeno, citando como exemplo o município de Nova Ubiratã, que há 27 anos sofre com as enchentes e para resolver o problema seria colocar bueiros e elevar a estrada 1,5 metros.
As constantes chuvas têm causado muitos problemas aos municípios mato-grossenses, afetando o transporte, a educação, agricultura e os setores produtivos das regiões. Prefeitos de 27 municípios encaminharam documento à Defesa Civil, relatando o quadro caótico registrado nos meses de janeiro e fevereiro, e solicitando a visita dos técnicos nas cidades alagadas.
Pelo menos 21 prefeituras já decretaram situação de emergência, sendo que o governador Blairo Maggi já homologou 18 pedidos no mês de janeiro, os demais não encaminharam documentação completa. O pedido de situação de emergência, por meio de decreto municipal, é de 90 dias.
“Todo o ano é a mesma coisa, os municípios sofrem com as enchentes por que não existe um plano de ação para prevenir os problemas causados pelas chuvas”, comenta Gonçalves.
Paranatinga, Barão de Melgaço, Nova Ubiratã, Vera e Guarantã do Norte também enfrentaram problemas com o excesso de chuva. Alguns trechos das rodovias ficaram intransitáveis, comprometendo o transporte escolar e a locomoção das pessoas. Com o transporte escolar na zona rural paralisado, as aulas foram suspensas no mês de fevereiro. Em Ipiranga do Norte, as vias intransitáveis comprometeram o escoamento da produção agrícola, gerando prejuízos e atraso na colheita de soja.