Os resíduos de madeira produzidos em indústrias de Alta Floresta terão que ter um local adequado para depósito ou aproveitamento. A determinação foi do Ministério Público, visando reduzir a poluição do meio ambiente com a queima e estocagem em locais abertos. Segundo o promotor Marcelo Vachiano, o setor terá 60 dias para apresentar uma proposta com um local adequado para restos de madeira, pó-de-serra e demais resíduos serem depositados.
Vachiano explicou que muitas empresas acabam queimando e, principalmente nesse período de seca e baixa umidade do ar, causando muita fumaça. “O destino desse material é problema do setor. Uma das alternativas é a reciclagem. Outra é a instalação de uma usina termoelétrica, que utilizaria todos os resíduos”, salientou.
Segundo ele, alguns empresários já estão se mobilizando e discutindo a viabilidade de implantar uma usina termoelétrica em Alta Floresta, que tem várias indústrias madeireiras e moveleiras, base da economia de todo o extremo Norte, incluindo outros municípios.
Essa medida integra uma série de ações que estão sendo desencadeadas pelo Ministério Público, com objetivo de reduzir o número de queimadas e poluição nesse período. Proprietários de fazendas estão sendo notificados para evitar incêndios e punições. Donos de lotes baldios na área urbana também serão notificados para que providenciem a limpeza, sem colocar fogo, e evitar assim incêndios acidentais, que representam a maioria das ocorrências.
A fiscalização é feita com apoio do Indea–Instituto de Defesa Agropecuária.