Depois que a juíza Ana Paula Gomes de Freitas atendeu a solicitação do Ministério Público e bloqueou valores nas contas do IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde) e do governo do Mato Grosso, o dinheiro (cerca de R$430 mil) já foi disponibilizado para a compra de medicamentos essenciais ao funcionamento da unidade. A informação é do Conselho Municipal de Saúde, que acompanha toda a situação calamitosa do Hospital Regional, que estava sob risco de paralisação geral das atividades por falta de medicamentos e equipamentos hospitalares.
O presidente do conselho, Thiago Incerti, ressalta que os médicos continuam sem receber salários atrasados – alguns já há mais de 3 meses. A dívida do Estado para com o hospital, de acordo com ele, é de R$ 2,5 milhões. Segundo informações do Ministério Público, já foi peticionado duas vezes o processo Nº 113810, que trata dos salários dos médicos e “está nas mãos do juiz para decidir. Esperamos que a decisão saia em breve, mas o estrago já está feito porque com essa insegurança gerada com a falta de informações do processo de intervenção, muitos profissionais já não se sentem seguros em continuar em Alta Floresta”.
O conselho relata que já houve desligamento de vários profissionais de diversas especialidades, e várias cirurgias eletivas foram suspensas. O presidente disse que muitas perguntas terão que ser respondidas, pois há muitas dúvidas sobre o processo de transição. “Na verdade nem sabemos se houve realmente rompimento de contrato entre Estado e IPAS, o porque dessa demora. Os passivos trabalhistas dos trabalhadores serão pagos por quem?”, questiona.