A Quinta Vara cancelou o júri popular de Cláudio de Souza, "Maníaco da Lanterna", que seria realizado neste sexta-feira (30). O motivo, segundo os autos, é a publicação de uma portaria impugnada que estaria a ferir o princípio do promotor natural. A noda data deve ser marcada após o julgamento do mandamus impetrado.
Cláudio, que está atualmente no presídio Osvaldo Florentino Leite, o "Ferrugem", em Sinop, seria julgado em Alta Floresta pelas mortes de Celso Ferreira dos Santos e Vanda Ribeiro de Souza, que ocorreram no dia 1 de dezembro de 2001. Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia citado, "no período noturno, na vicinal ‘Primeira Norte’, nas proximidades da Chácara ‘Primavera’, o denunciado, com vontade livre e consciente e inequívoco animus necandi, munido de uma arma de fogo tipo cartucheira e um pedaço de pau, desferiu tiros e golpes contra as vítimas provocando-lhes ferimentos que foram a causa de suas mortes.”
Consta ainda, “no dia seguinte, um funcionário de um sítio, que saía para fazer a entrega quotidiana de leite, avistou os corpos e relatou tal fato a terceiras pessoas que o comunicaram a polícia. Os policiais chegaram ao local e constataram que os corpos estavam próximos a uma motocicleta Honda CBX, da cor roxa, de propriedade da vítima Celso”.
Por fim, conclui a denúncia que “além de o denunciado efetuar os disparos contra a vítima, com maior crueldade ainda, utilizou-se de um instrumento contundente, que confessou tratar-se de um pedaço de pau, e desferiu-lhe golpes que produziram em Celso afundamentos em diversas regiões do crânio, causando-lhe um grande sofrimento antes de vir a óbito. Já quanto a vítima Vanda Ribeiro de Souza, o laudo necroscópico revelou que sua morte se deu em decorrência de traumatismo crâneo encefálico, além de ter recebido um tiro”.
Esse seria o terceiro julgamento de Cláudio esse mês. Conforme Só Notícias já informou, pelo assassinato do casal de namorados Luiz Carlos Cavalcante e Rosimeire Zanco, também em 2001, ele foi condenado a 20 anos e 6 meses de reclusão. Já pela morte de Regina Maria Pereira pegou 13 anos de prisão e outros quatro anos pela tentativa contra José Carlos Santos. O crime ocorreu em abril de 2001, na Vicinal Primeira Norte.