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Aldeia isolada no Nortão por falta de estradas

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A aldeia Kaiapó, na região de Peixoto de Azevedo, está isolada por falta de estrada. Os 460 habitantes da aldeia estão consumindo água de um córrego contaminado, além de não contarem com a assitência de um posto de saúde nem escola local. “A mortalidade infantil na aldeia chega a 50% dos nascidos vivos. A situação é crítica”, alertou hoje o presidente da Associação IPRE-RE, que agrega 17 aldeias da mesma etnia, Bepdjore Metuktire, durante reunião com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB).
Acompanhado do chefe do Distrito Indígena Kaiapó-Colíder, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Francisco Carlos Vieira; e dos líderes indígenas Bemoro Metuktire e Bebdiriti Txucarramãe, o presidente da associação APRE-RE explicou ao parlamentar que o problema mais grave enfrentado pela aldeia (denominada Kemoro) é a falta de uma estrada, em um trecho de 60 quilômetros, ligando a aldeia ao município de Peixoto de Azevedo.

Silval Barbosa disse que irá procurar o governador Blairo Maggi (PPS) e o chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, para tentar viabilizar a obra. “O governo do Estado tem sido sensível a questões como esta. Acho que podemos resolver isso assim que as condições climáticas favorecerem”, informou o presidente da Assembléia. Ele disse que já existe uma estrada interligando a aldeia Kaiapó, mas que ela – com o passar dos anos – acabou ficando esquecida, isolando uma comunidade indígena inteira. “Hoje só se entra na aldeia de avião ou carro. A situação da população é realmente crítica”, avaliou.

Segundo Silval Barbosa, a questão da falta de água potável, que está provocando doenças como diarréia -e que tem ajudado nos índices de mortalidade infantil da aldeia -, está sendo trabalhada com a própria Funasa. “A Funasa, segundo nos informou o chefe do Distrito de Colíder, Francisco Vieira, tem um plano de investimento em saneamento, mas vamos buscar também junto aos governos estadual e federal a viabilização de uma escola e um posto de saúde na aldeia. Precisamos socorrer esta comunidade”, defendeu Silval.

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