O solo da região de Sinop é rico em alumínio. Segundo a engenheira agrônoma Maria Cleonice dos Santos, da Empaer(Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), a presença desse elemento diminui a produção, pois é tóxico às plantas, sendo necessário o calcário e adubo para a reposição de potássio e cálcio, que o solo não possui.
Outro fator, que segundo a agrônoma empobrece o solo da região, é a forma de manejo feita por alguns agricultores após o desmate. “O correto é fazer o enleiramento com o “garfo”, que não remove seus nutrientes”, disse. E que muitos colocam fogo em toda a área ou fazem o enleiramento com a lâmina, que “rapa” os nutrientes do solo.
A agrônoma explica que ao queimar a área, a nova plantação pode até ser de qualidade, mas é por causa das cinzas, que são ricas em potássio, e que em pouco tempo essa camada será levada, especialmente com as chuvas. A Empaer faz a orientação ao agricultor para fazer de maneira correta o manejo, “alertamos para fazer as queimas no final da tarde, depois das chuvas, em que há umidade no solo e no ar”, afirma a agrônoma.
Uma das orientações da agrônoma é que os produtores façam uma análise do solo antes de fazer qualquer adubação, pois o excesso ou falta do calcário ou adubo, pode diminuir a capacidade de produção da planta.