Agentes prisionais que atuam no Centro Socioeducativo do Pomeri, em Cuiabá, realizaram manifestação em frente à unidade, esta manhã, contra falta de segurança e infraestrutura no local. Ontem, seis adolescentes se rebelaram, agrediram agentes e atearam fogo nos colchões.
A unidade continua recebendo adolescentes infratores para cumprimento de medidas socioeducativas, apesar de já ter sido interditada judicialmente. Segundo o presidente dos Agentes do Sistema Socioeducativo da Capital, Paulo César de Souza, o local não tem condições estruturais de receber mais jovens, além de oferecer risco aos trabalhadores, que são constantemente ameaçados de morte. "Nós queremos apenas mostrar a realidade do que acontece no Pomeri. Quando ocorrem fugas, somos sempre os culpados, mas ninguém percebe que estamos de mãos atadas", desabafou o agente, que diz ainda que eles são reféns dos jovens.
O agente conta ainda que irá encaminhar à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), uma pauta de reivindicações, e que se não forem cumpridas, a categoria pode paralisar as atividades. O secretário adjunto da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Valdemir Pascoal, informou que o órgão está dialogando com o Poder Judiciário para prover melhorias estruturais na unidade.
O secretário revelou também que a Sejudh tem o papel de acolher tanto o trabalhador quanto os jovens, e que apesar de atrasadas, as medidas para promover melhorias no local serão providenciadas.