Agentes, assistentes e auxiliares penitenciários de Mato Grosso aprovaram o indicativo de greve e aguardam, agora, uma reunião com a comissão formada por representantes da Secretaria de Estado de Administração (SAD) que está negociando a pauta de reivindicações. O encontro está programado para ocorrer, na quinta-feira (23). Após isto, o presidente do Sindicato, João Batista, confirmou que será realizada nova assembleia entre a categoria, na sexta-feira (24), quando será definido se a greve iniciará. “Mas todas as dependências prisionais já estão em estado de greve”, reforçou, ao Só Notícias.
O indicativo foi aprovado, na sexta-feira (17), durante assembleia que reuniu aproximadamente 200 servidores de Cuiabá e do interior. Nela, foi avaliada a pauta da categoria, composta por mais 30 itens, e os primeiros posicionamentos dados pela Secretaria de Administração em recente encontro. “Alguns itens foram respondidos e ficaram de verificar a questão do pagamento de insalubridade, que já é lei mas ainda não recebemos. A questão da tabela [salarial] afirmaram que nesse ano não vai ter aumento”, explicou. A alegação, segundo o presidente, seria a falta de dinheiro. “Cuiabá está uma verdadeiro canteiro de obras, então dinheiro tem”, acrescentou.
Dos mais de 30 itens que compõe a pauta, alguns foram considerados primordiais para este momento, como o pagamento do adicional de insalubridade (cuja lei foi aprovada em dezembro de 2011 e com pagamento previsto para começar em julho deste ano); o reajuste na tabela salarial, que foi proposto de forma progressiva (2012 a 2014), sendo de 20% no primeiro ano, 25% no segundo e 30% no último, seguindo um trabalho de recomposição dos últimos dez anos e que não teriam sido aplicados e, a falta de efetivo. Há ainda questões relacionadas a melhorias de condições de trabalho nos estabelecimentos penais, saúde dos profissionais e outras mudanças técnicas.
Atualmente, conforme Só Notícias informou, o quadro geral de servidores do sistema penitenciário de Mato grosso atinge aproximadamente 2,2 mil pessoas.