Agentes monitores que atuam nos Centros Socioeducativos do Estado, que recebem adolescentes infratores, ameaçam iniciar greve na próxima semana devido às péssimas condições de infraestrutura nas unidades. Além do Complexo Pomeri, em Cuiabá, existem centros socioeducativos nas cidades de Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças e Cáceres.
No início de abril, a categoria realizou um protesto em frente à unidade da capital pedindo soluções para os problemas estruturais das unidades. Vinte itens considerados de extrema importância para o bom funcionamento dos centros foram encaminhados à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado (Sindpss), Paulo César de Souza, as reivindicações que incluem, além das melhorias estruturais nas unidades, contratação imediata de agentes e concurso público, e equiparação salarial do assistente administrativo com assistente administrativo penitenciário são negligenciadas pela secretaria.
“A secretaria só fala, não há nada por escrito para comprovar que estão trabalhando pelas melhorias”. Souza explica que há dois meses as obras da nova ala da unidade estão paradas por que a empreiteira responsável não recebeu e deixou o projeto.
O presidente reclama que o entulho deixado pela obra vem causando transtornos, principalmente porque os adolescentes reincidentes de crimes atacam os agentes com pedaços de madeira e pedras que pegam no local. Ele conta que as unidades, tanto a de Cuiabá, quanto as do interior receberam verbas para a infraestrutura, entretanto, as obras estão paradas.
Outro lado – a assessoria da Sejudh informou que iria encaminhar nota, o que não ocorreu até a publicação da reportagem.