Em assembleia nacional, os aeronautas (pilotos, copilotos e comissários de voo) decidiram hoje (13) aprovar um indicativo de paralisação para a próxima sexta-feira (20). A decisão final sobre o início de greve ou não dependerá de uma nova reunião com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), marcada para o dia 18.
"A categoria recusou a proposta das empresas aéreas, decidiu entrar em estado de greve, com indicação de paralisação do setor na próxima sexta-feira (20)", disse em nota o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Entrar em estado de greve não significa que a categoria decidiu paralisar os trabalhos, apenas que está mobilizada para uma provável greve.
A proposta das empresas áreas prevê reajuste do piso salarial em 7%, aumento de 5,6 % dos salários até R$ 10 mil e, em valor fixo, elevação de R$ 560 dos salários acima de R$ 10 mil, além de aumento no vale-refeição de 8%. O reajuste proposto no valor do vale-alimentação e demais cláusulas econômicas é 5,60%.
O Snea ressaltou que essa é a proposta final das empresas aéreas e que o sindicato dos trabalhadores está se aproveitando da proximidade do final do ano para pressionar com a possibilidade de greve, quando os aeroportos estão lotados.
A categoria, no entanto, pede 8% de reajuste nas cláusulas econômicas – a correção da inflação e mais 2,2%, a título da produtividade. Os aeronautas também querem avanços sociais, como aumento de folgas e a possibilidade de o tripulante se locomover em aeronaves de outras empresas.
A paralisação dos aeronautas não é a única preocupação com relação ao funcionamento dos aeroportos. Devido à aproximação do período de festas e férias, autoridades aeroportuárias iniciaram hoje a Operação Fim de Ano, que está reforçando as estruturas de serviço dos 12 principais aeroportos do país – localizados nas cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Campinas e do Recife.
A operação inclui compromisso das empresas aéreas de colocar 15 aviões de reserva no período e ampliar o número de tripulantes, funcionários do check-in e equipes em solo, mantendo 97% dos funcionários trabalhando. Nos horários de pico, todos os guichês de check-in deverão estar em funcionamento.
Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) intensificou a fiscalização nesses aeroportos com 315 funcionários trabalhando em turnos durante o período. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vai ativar planos de emergência para melhorar a oferta de informações aos passageiros quando houver algum problema nos aeroportos.