sábado, 14/dezembro/2024
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Advogado acusado de integrar quadrilha consegue liberdade

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Preso ontem à noite após ser ouvido pela delegada Cleibe Aparecida de Paula que investiga um esquema de fraude que lesou os cofres públicos em mais de R$ 13 milhões, o advogado Vicente Ferreira Gomes conseguiu habeas corpus expedido pelo desembargador Manoel Ornellas de Almeida, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O jurista é pai do ex-funcionário terceirizado da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz/MT) Edson Rodrigo Ferreira Gomes, que confessou participação no esquema.

Ouvido na tarde de quarta-feira, o advogado não convenceu a delegada e acabou sendo levado para a sede da Polinter (Polícia de Capturas), uma vez que era considerado foragido desde a deflagração da Operação Vespeiro, pela Polícia Civil na manhã do dia 9 de maio para cumprir 45 mandados de prisão temporários contra os acusados. Contudo, sua defesa, ingressou com pedido de habeas corpus que foi aceito pelo magistrado. "Portanto, concedo a ordem liminarmente, determinando a expedição do respectivo alvará. Aguardem as informações, após a douta Procuradoria de Justiça", diz o despacho do desembargador nesta quinta-feira (21).

Vicente foi apontado por diversos "laranjas" como ativo cooptador de pessoas, que cediam suas contas bancárias e movimentavam o dinheiro desviado. Sua esposa foi coordenadora da conta única e é amiga pessoal da mulher apontada como mentora do esquema. Durante depoimento ele negou qualquer envolvimento com a fraude. Seus advogados, justificaram o patrimônio que possui. "O que houve é que muito do que foi dito não é verdade. Vicente advoga há 39 anos, sua mulher é servidora aposentada e eles conseguiram um patrimônio por conta desse trabalho", destacou o advogado Antônio de Deus em entrevista ao jornal A Gazeta.

No levantamento da Auditoria Geral do Estado foram identificadas 32 pessoas que estavam recebendo recursos públicos sem nenhuma relação com o Estado, referente ao período de 2010 a 2011. No entanto, a Auditoria verificou que a fraude ocorria desde 2007. A investigações mostraram que o dinheiro era oriundo de desvios de recursos públicos da Conta Única do Estado.

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