Foram ouvidos em juízo nesta segunda-feira (2) os dois jovens que estão presos sob acusação de envolvimento na execução do jornalista Auro Ida, 53, em julho de 2011. Eles voltaram a dizer que são inocentes e negaram todas as acusações que pesam contra eles. O rapaz apontado como o executor e outro homem foram ouvidos pela juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago. Ida foi morto com 6 tiros de pistola na noite de 21 de julho no Jardim Fortaleza, em Cuiabá. Na audiência de instrução e julgamento deveriam ser ouvidas 11 pessoas, mas duas faltaram.
O interrogatório continua nesta terça-feira (3) quando deverão ser ouvidos o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD) e seu irmão Priminho Riva. O parlamentar foi arrolado pela defesa dos acusados para depor, uma vez que a defesa acredita que Riva pode ajudar seus clientes, caso sustente a tese de que o crime possa estar relacionado com alguma queima de arquivo ligada a profissão da vítima, devido sua atuação no jornalismo político em Mato Grosso, como chegou a ser cogitado na época do crime.
Enquanto isso, o comerciante que é apontado pelas investigações como o mandante do assassinato do jornalista continua foragido. Por tal motivo, o processo será desmembrado para dar celeridade na ação contra os suspeitos presos. Contudo, caso o comerciante não compareça em nenhuma das audiências no decorrer do trâmite processual, corre o risco de ser julgado à revelia (quando não apresenta defesa).