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Acusado de participar de chacina ao lado de policial militar vai a júri esta semana no Nortão 

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

Irá a júri popular, na próxima quinta-feira (8), Lucas Rafael Fernandes, 28 anos, por quatro homicídios ocorridos em Brasnorte (400 quilômetros de Sinop). Ele e o policial militar Rhael Jaime Gonçalves, 26 anos, são acusados de assassinar a tiros Maria Auxiliadora dos Santos, 42 anos, Marlene dos Santos Marques, 40, Bruno Feitosa Comin, 22, e Adilson Matias, 46, dentro de uma casa noturna, em junho de 2017. 

Apenas Lucas será julgado esta semana. Isso porque, conforme Só Notícias informou em primeira mão, o Tribunal de Justiça determinou, no final do ano passado, a realização de um exame para avaliar a sanidade mental do policial militar. Com isso, a Justiça de Brasnorte decidiu desmembrar (separar) os processos. 

Lucas vai a julgamento por quatro homicídios qualificados, cometidos por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. O júri será realizado de forma híbrida, sem a presença de público. A sessão será na câmara municipal de Brasnorte. 

No ano passado, a defesa ingressou com o pedido de absolvição sumária do policial, apontando que ele foi diagnosticado com quadro de esquizofrenia grave.  Essa solicitação não foi atendida pelos desembargadores da Primeira Câmara Criminal. Os magistrados, por outro lado, levaram em consideração o depoimento de uma psiquiatra que atendeu o militar e também um laudo feito, em 2019, pela Corregedoria da PM, o qual confirmou que Rhael era inapto ao serviço militar em razão de “transtorno mental grave”.

Há dois anos, a juíza Daiane Marilyn Vaz determinou que, além de Lucas, Rhael também seja submetido a júri popular. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), os crimes foram motivados por vingança, uma vez que o PM teria sido apontado como responsável por forjar um flagrante que teria resultado na prisão do filho da proprietária da boate. 

Os corpos de Maria Auxiliadora e Marlene dos Santos foram levados para o Estado de Rondônia. Maria foi sepultada em Ji-Paraná, e Marlene, em Ariquemes. Os procedimentos fúnebres de Bruno Feitosa Comin e Adilson Matias foram no cemitério de Brasnorte.

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