
Uma testemunha disse que Fabrício tinha cometido “algumas mancadas” no mundo do crime e que, para “se limpar”, foi obrigado a assassinar Luiz Ney da Silva, dono de um mercado no bairro Boa Esperança. Segundo esta informante, o jovem foi até o estabelecimento comercial, em companhia de outro homem, porém, na última hora, desistiu de matar o proprietário do local.
Ela declarou ainda que, no dia 11 de abril, viu o rapaz sair de casa e, pouco depois, escutou tiros. Ao sair da residência, viu que Fabrício havia sido atingido e afirmou que viu o suspeito dirigindo um carro preto. Segundo a versão da testemunha, se o jovem não tivesse se negado a cometer o homicídio, não teria sido assassinado.
“Portanto, a necessidade de garantir a ordem pública encontra-se demonstrada pelo modus operandi do delito, in casu, supostamente praticado pelo torpe motivo de a vítima desobedecer ordens da facção criminosa Comando Vermelho”, consta na decisão judicial que negou o pedido de soltura do acusado.
O crime teria sido cometido a mando de uma pessoa e com o envolvimento de mais três. Dos quatro suspeitos, dois foram mortos e os outros dois respondem ação penal por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ambos seguem presos.


