A Justiça decidiu mandar a júri popular o principal suspeito de assassinar Carlos Pedro Escobar. O crime ocorreu em junho de 2004, em uma boate localizada no distrito de Parque Água Limpa, em Nova Ubiratã (165 quilômetros de Sinop). A vítima foi morta com vários tiros de revólver calibre .38.
O principal suspeito confessou ter cometido o homicídio, o que foi levado em consideração pelo juiz Jorge Hassib Ibrahim, que determinou o júri popular. “Os indícios de autoria em relação ao acusado estão presentes, tendo em vista sua confissão em solo policial, bem como em Juízo; e ainda, nas declarações das testemunhas prestadas em sede policial, assim como diante dos seus depoimentos prestados em Juízo”, afirmou o magistrado.
O juiz também afastou a possibilidade de absolvição por legítima defesa. “(…) a absolvição sumária em razão de causa de exclusão da ilicitude pressupõe prova plena, extreme de dúvidas, já que, presente a incerteza, impõe-se a preservação da competência constitucional do Tribunal do Júri, por via da pronúncia”.
O réu não está preso e, para o magistrado, “não há elementos hábeis à decretação da prisão preventiva”. Desta forma, o suspeito aguardará o júri em liberdade. Ele vai a julgamento por homicídio simples e ainda pode recorrer da decisão.