Começa às 8h, desta terça-feira (20), o júri popular do técnico em informática, Carlos Henrique Costa de Carvalho, 25 anos. Ele é acusado de no dia 11 de novembro do ano passado, matar o filho e a mãe da ex-namorada dele, Ryan Alves Camargo, 4 anos, e Adimárcia Mônica da Silva Alves, 44 anos, respectivamente. A professora foi esfaqueada dentro de casa e teve o corpo queimado depois, enquanto o garotinho foi levado pelo acusado e jogado de cima de uma ponte dentro do rio Cuiabá e morreu afogado. O duplo assassinato foi motivado por ciúmes da ex-namorada Thassya Alves da Silva, 25 anos, que não queria reatar no relacionamento com o acusado.
Carlos responde por duplo homicídio triplamente qualificados (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas), invasão de domicílio dano e incêndio. O julgamento será realizado no Fórum de Cuiabá e presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da capital. Foram arroladas 11 pessoas como testemunhas, entre acusação e defesa. Entre elas, está a e jovem Thassya da Silva pivô de toda a situação. Na época do crime, onde perdeu o filho e a mãe, ela estava grávida de três meses do acusado e decidiu levar a gravidez adiante.
O advogado de Thassya, Cláudio Aleixo Júnior atuará como assistente de acusação. O promotor de Justiça que atua no caso é Allan Sidney do Ó Souza. Já o acusado está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde a data dos crimes e durante audiência de instrução confessou os assassinatos. Conforme os autos, a defesa dele é feita pelos advogados Oziel Catarino Bom Farias e Vládia Maria de Moura Soares Sanches.
No dia do crime, Carlos invadiu a casa onde Thassya vivia com a mãe, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, por volta das 6h. No próprio depoimento durante a audiência de instrução ele disse encontrou apenas a ex-sogra e a criança Ryan Alves Camargo que encontrava-se dormindo. "Após uma discussão durante a qual o denunciado acusou a ex-sogra de ter influenciado a filha a romper o relacionamento, passou a agredi-la, em seguida, sem dó nem piedade, desferiu inúmero golpes de faca contra o abdome dela", diz trecho do processo onde é narrado a confissão dele.
Depois de ter consumado o homicídio, Carlos ainda jogou álcool no corpo de Adimárcia e ateou fogo, razão pela qual ficou parcialmente carbonizado. Enquanto ele matava a ex-sogra, o garoto Ryan acordou e "presenciou tamanha crueldade e, premeditadamente, resolveu ceifar a vida do garoto como anteriormente havia prometido". Assim, após esfaquear e atear fogo no corpo de Adimárcia, o técnico em informática pegou o menino e se deslocou até a Ponte do Porto, sobre o rio Cuiabá ocasião em que "estendeu o braço e jogou a criança dentro do rio. No momento em que esticou os braços, a criança tentou se agarrar no assassino, mas ele não permitiu e jogou a criança dentro da água, onde morreu afogada.