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Acusado de matar companheira no Nortão segue em estado grave e Justiça autoriza prisão domiciliar

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Só Notícias/Herbert de Souza

A Justiça decidiu converter em domiciliar a prisão preventiva do principal suspeito de assassinar Adriana Barra, 41 anos, em março deste ano, no município de Novo Horizonte do Norte (258 quilômetros de Sinop). O homem de 36 anos estava preso desde o crime, no entanto, segue em estado grave, pois ingeriu soda cáustica antes de ser localizado.

Os documentos encaminhados à Justiça apontam que o acusado tem lesões “irreversíveis” e está com 80% do esôfago comprometido. Os laudos médicos também detalharam que o homem encontra-se “severamente emagrecido, com dificuldade de deglutição alimentar, sendo necessário ser realizada gastrostomia (colocação de sonda alimentar diretamente no estômago)”.

O documento médico também apontou ser “imprescindível o acompanhamento diário por profissionais treinados no manuseio da sonda alimentar” e, por esse motivo, foi recomendada a transferência do acusado para “um estabelecimento prisional que possa oferecer os cuidados devidos, vez que as condições sanitárias e recursos humanos da Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos é deficiente”, ou sua colocação em prisão domiciliar, “com a devida capacitação de um familiar”.

O Ministério Público do Estado encaminhou parecer opinando pela substituição da prisão preventiva por domiciliar. A Promotoria também relatou que teve contato com um familiar do suspeito, o qual se comprometeu a ficar responsável pelos cuidados médicos.

“Dessa maneira, não obstante a gravidade do delito imputado ao denunciado, examinando os documentos juntados nos autos, verifica-se que o réu faz jus à concessão de prisão domiciliar, tendo em vista que encontra-se extremamente debilitado. Aliado ao estado clínico grave do acusado, têm-se ainda que a unidade prisional local não disponibiliza da assistência médica adequada e completa para o caso em comento, conferindo-lhe, pois, natureza excepcional, eis que a doença exige cuidados especiais, insuscetíveis de serem prestados no local da prisão”, comentou o juiz Rafael Depra Panichella.

Adriana foi morta a facadas, onde residia. No local, os policiais encontraram um copo com água e soda, no qual havia marcas de sangue. O suspeito procurou atendimento médico horas depois, quando acabou sendo preso.

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