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Acusado de matar amante e tentar carbonizar corpo será julgado este mês no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

Será no dia 18 de novembro o júri popular do homem que confessou o assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado. O crime ocorreu em junho do ano passado, a cerca de três quilômetros do centro do município de Tabaporã (200 quilômetros de Sinop).

Conforme a determinação do juiz Rafael Depra Panichella, o júri será realizado de forma híbrida, com a presença de apenas algumas partes no plenário. O réu, que está no presídio de Porto dos Gaúchos (165 quilômetros de Sinop), prestará depoimento por meio de videoconferência.

O réu será levado a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão do gênero (qualificadora do feminicídio). O homem também será julgado por fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.

Ao marcar a data do julgamento, Panichella ainda definiu que o acusado deverá continuar preso. O juiz citou a gravidade do crime e lembrou que o Tribunal de Justiça, em decisão recente, já havia negado a soltura do réu. “Cabe apenas ressaltar que o delito narrado nestes autos causou revolta na sociedade local, em que a vítima teve a vida ceifada ao que consta, após um encontro íntimo em local ermo, além do delito conexo de fraude processual, que remete a necessidade de segregação, aliado aos demais pressupostos que coexistem”, destacou Panichella.

Jaqueline foi encontrada morta no dia 20 de junho de 2020 e o corpo foi encontrado carbonizado, próximo a um frigorífico da cidade. A polícia recebeu o registro de desaparecimento feito pela mãe da vítima, a qual relatou que a filha havia saído de casa no dia anterior, por volta do meio-dia, informando que retornaria em breve.

Conforme apuração da equipe policial, a vítima marcou um encontro com o investigado, com quem mantinha uma relação extraconjugal. Depois foi levada até o local onde foi encontrada morta. Após a conversa entre os dois, ela foi assassinada com um disparo de arma de fogo na cabeça. Em seguida, o homem foi até um posto de combustíveis, comprou etanol e retornou ao local do crime, onde ateou fogo na vítima.

Os indícios encontrados apontam que, possivelmente, a vítima ainda estava viva quando o autor do homicídio ateou fogo nela. Além da arma utilizada no crime, os policiais também apreenderam, durante o cumprimento dos mandados, o celular que o investigado possuía e utilizava para contatar a vítima, como o aparelho de Jaqueline, que foi levado pelo criminoso após a morte dela.

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