Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiram manter a sentença de pronúncia, que leva a júri popular o principal suspeito de assassinar Márcio Rodrigo Artero Wernet, 23 anos. A vítima foi morta a facadas, em junho de 2006, em uma residência na rua das Paineiras, no Jardim das Palmeiras.
Em fevereiro de 2016, a Justiça de Sinop pronunciou o acusado, decidindo que ele deveria ser submetido a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e meio cruel. A defesa, então, ingressou com recurso no Tribunal de Justiça, pedindo a absolvição sumária do réu. A alegação é de que ele agiu em legítima defesa. Por tal motivo o advogado sustentou que o suspeito deveria ser julgado por homicídio simples (sem as qualificadoras).
O recurso não foi aceito pelos desembargadores. O relator, Luiz Ferreira da Silva, lembrou que, “ao prolator da sentença de pronúncia, é dado tão somente demonstrar que estão presentes nos autos elementos que indiquem que o pronunciado possa ser o autor do crime a ser submetido ao crivo dos julgadores leigos”.
A Polícia Civil apurou que a vítima e o suspeito tiveram um relacionamento de cinco anos. Consta ainda na denúncia que, no dia 6 de junho, em um evento na cidade, o réu teria encontrado Márcio em companhia de uma mulher, o que teria gerado uma crise de ciúmes.
A suspeita é que o acusado, utilizando um telefone público, ligou para a vítima e pediu que ela fosse até uma residência no Jardim das Palmeiras. Márcio, ao chegar no local, teria sido atingido por três facadas no tórax. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O suspeito se apresentou à polícia, posteriormente. Ele aguarda o julgamento em liberdade.