A defesa de uma mulher acusada de envolvimento no assassinato de três pessoas em Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop) entrou com o pedido de prisão domiciliar. Antes de decidir, o juiz da 2ª Vara da Comarca, Evandro Juarez Rodrigues, determinou a expedição de um ofício à diretoria da Cadeia Feminina de Colíder (157 quilômetros de Sinop) cobrando informações sobre a suspeita, que está detida no local desde o dia 13 de outubro.
O magistrado quer saber se, desde a entrada da acusada na unidade, ocorreram situações que implicassem em atendimento médico da presa. Evandro questionou ainda se a suspeita tem feito uso de medicação contínua ou controlada, e se apresenta estado de saúde extremamente debilitado por motivo de doença grave, a indicar a sua impossibilidade de tratamento dentro do cárcere. O prazo de resposta é cinco dias.
Além dela, outros dois homens foram presos suspeitos de envolvimento nos assassinatos. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em uma residência na qual estaria um revólver calibre 38, supostamente usado nos homicídios de Taynara Sampaio de Miranda, 21 anos, executada no dia 24 de setembro; Eloi Antônio Altenhofen, 51 anos, morto no dia 29 de junho; e Rogério da Silva Oliveira, 40 anos, assassinado no dia 20 de julho. Todos a tiros.
O delegado Bráulio Junqueira, que preside a investigação, informou que as buscas e prisão dos suspeitos ocorreram após as investigações comprovarem, através de perícia técnica de comparação balística, que estes três homicídios foram cometidos com a mesma arma de fogo. “Os projéteis foram extraídos de três vítimas diferentes. Com a comprovação de que uma única arma foi utilizada em pelo menos em três crimes diferentes. O objetivo era localizar a arma”.
A arma foi encontrada e será submetida à perícia para confrontação balística com os projéteis retirados dos corpos das vítimas. O delegado explicou ainda que as investigações começaram com a morte de duas irmãs. Rosiane Ferreira Sampaio, 30 anos, teve o corpo encontrado carbonizado dentro no porta-malas de um carro incendiado, na cidade de Matupá, no dia 7 de setembro.
Sua irmã mais nova, Tayanara Sampaio de Miranda, que era estagiária do Ministério Público local, foi assassinada 16 dias depois. “Estávamos investigando a morte das duas irmãs e acabamos descobrindo outras duas mortes. Agora precisamos comprovar que a arma apreendida foi a mesma utilizada nos três homicídios”.
A motivação dos crimes ainda é apurada.