O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, assinou nesta quinta-feira, em Toulouse, na França, uma carta de intenções com a empresa estatal francesa Spot Image, que trabalha com fornecimento de imagens de satélite usadas entre outras aplicações, para o controle de fazendas e propriedades rurais. Foi assinada com o presidente da Spot, Hervé Buchwalter e irá auxiliar nas ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Maggi conheceu o banco de imagens da empresa que tem 40% do seu capital controlado pela Agência Espacial da França (CNES) e é distribuidora exclusiva no mundo das imagens dos satélites Spot. O gerente de vendas da Spot Image, Pierre Duquesne, elogiou o interesse do Estado em trabalhar com melhor aprimoramento e resolução da captação de imagens de áreas, principalmente, de propriedades rurais. “Nosso entendimento com o Governo do Estado foi bastante produtivo e vamos aprofundar a cooperação com Mato Grosso, possibilitando ampliar a capacidade de ferramentas à disposição do Estado”, afirmou Duquesne após reunião com o governador Maggi e a comitiva mato-grossense.
Em Mato Grosso, as imagens da empresa francesa já são utilizadas pela iniciativa privada na área de agricultura.
Para o representante da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Arioli, a utilização das imagens de satelite trará reforço e transparência ao diagnóstico das áreas de plantio da soja no Estado, uma das ações que constam do Pacto Ambiental, celebrado entre produtores e Governo do Estado. “É mais uma ferramenta para auxiliar o Estado e mostras como serão as ações de sustentabilidade da produção de soja. Com imagens em maior resolução teremos condições de mostrar com riqueza de detalhes como está sendo feito o mapeamento, identificação e quantificação da área plantada”, destacou Arioli.
De acordo com o coordenador de Geoprocessamento da Superintendência de Florestas da Sema, Gabriel Mancilla, uma das vantagens apontadas com a utilização das imagens da Spot Image é que os satélites da empresa trarão um alcance, detalhamento e melhor definição das imagens. Com isso, haverá melhor definição e detalhamento das imagens de áreas abaixo de 150 hectares, que atualmente são identificadas em baixa resolução. Dessa forma, o órgão ambiental terá análises mais seguras da exploração seletiva, além de ampliar a capacidade de avaliação dos desmate.
(Atualizada às 09h53 de 19/10/2007)