Entre todos os tribunais de justiça estaduais, o com menor representação política de pessoas negras – que abrangem os pretos e pardos – é Mato Grosso, conforme relatório divulgado pelo Observatório Brasileiro das Desigualdades, na última quinta-feira (28). No Estado, enquanto pretos e pardos são 66,9% da população, ocupam somente 7,3% das vagas no tribunal.
No comparativo entre o percentual de pessoas negras em relação à população total, o índice de Mato Grosso é 0,11, seguido por São Paulo (0,12), Minas Gerais (0,13), Rio Grande do Sul (0,13) e Rio de Janeiro (0,15). O relatório usou como fonte dados de pessoal do Poder Judiciário e de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O observatório monitora anualmente indicadores relativos a áreas da sociedade como trabalho, educação e saúde, sendo as desigualdades de raça e cor um dos eixos transversais de análise para todos os temas. A proposta une 82 organizações sociais, associações de municípios, centrais sindicais, entidades de classe, e tem o apoio de instâncias governamentais do executivo, legislativo e judiciário.
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