O comando de negociações da campanha salarial 2007/2008 dos trabalhadores dos Correios está reunido com o presidente da instituição, Carlos Henrique Custódio, para tentar um acordo que ponha fim à greve iniciada ontem. A estimativa dos Correios é de que 20% dos 70 mil entregadores de cartas, motoristas e operadores estejam paralisados.
O secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores dos Correio e Telégrafos do Distrito Federal (DF), Marcos da Silva, discorda do percentual divulgado pela empresa e afirma que 80% dos trabalhadores aderiram à greve. Hoje, os servidores de mais uma cidade, Belo Horizonte (MG), paralisaram as atividades. Em Sinop, até ontem, os trabalhos estavam normais.
A greve está concentrada em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Teresina (PI), Belém (PA) e Brasília (DF). “Se a reunião não tiver sucesso, vamos manter a greve até que as reivindicações sejam atendidas. Tem que avançar”, disse o secretário do sindicato.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, se hoje não houver uma decisão favorável ao fim da greve, na segunda-feira, a empresa irá ajuizar uma ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
As principais reivindicações dos funcionários dos Correios são reposição salarial de 47,77%, implantação do Plano de Cargos e Salários, adicional de periculosidade, aumento real de R$ 200, contratação de novos trabalhadores, melhores condições de trabalho, segurança nas agências, licença maternidade de seis meses e entrega de correspondências no período matutino.