terça-feira, 23/abril/2024
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3 partidos ameaçam abandonar coligação de Blairo

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Última semana para entendimentos, os problemas começam a surgir na base governista. Nesta segunda-feira, em reunião com os aliados no Centro de Eventos do Pantanal, líderes do PTB, PP e do PDT não esconderam o nível de insatisfação com os articuladores do governador Blairo Maggi. A falta de espaço e eventuais entendimentos que não poderão ser cumpridos, a partir de uma exposição feita pelo presidente do PPS, Percival Muniz, e pelo articulador Luís Antônio Pagot, estão a colocar em risco a unidade da aliança governista. O PP, através do presidente do Diretório Municipal, deputado Chico Daltro, chegou a anunciar que o partido vai buscar novos caminhos. “Deixamos a mesa de negociações’ – ele.

Nem o PFL está satisfeito com o atual nível de discussões para formação da aliança, faltando menos de uma semana do prazo final. Na reunião, o secretário-geral do partido, Oscar Ribeiro, admitiu que a sigla não está confiante de que todos vão, de fato, abraçar a candidatura de Jaime Campos ao Senado Federal, principal projeto do PFL para estas eleições. “Queremos o apoio de toda a coligação” – avisou. Em outras palavras, o partido se diz pronto a apoiar a reeleição do governador, mas que uma contra-partida efetiva ao seu candidato.

O PFL é considerado o “gigante” da coligação e da base de apoio ao governador. O partido dispõe de 23 prefeitos, 280 vereadores, cinco deputados estaduais, um deputado federal e ainda um senador. Mas também é causador de crises. Por exemplo, com o PP. O partido, que antes tinha a preferência de indicar o candidato ao Senado, tenta obter agora a primeira suplência de Campos, apostando que o político de Várzea Grande não ficará sequer dois anos em Brasília – devendo retornar para disputar a Prefeitura em 2008. Campos, no entanto, parece escolher a dedo quem pretende colocar na vaga.

Em tese, a aliança de Maggi está definida. A vice, considerado até aqui o maior entrave do PPS, deve ser definido ainda nesta segunda-feira, durante reunião do partido. Durante a reunião, o presidente Percival Muniz admitiu que será oficializado o nome de Luís Antônio Pagot para ocupar a vaga, fazendo prevalecer o critério de escolha pessoal do governador Maggi.Muniz chegou a mencionar um virtual entendimento entre Pagot e o grupo que apóia a permanência de Iraci França no cargo. A vice-governadora, porém, segundo as primeiras informações, teria registrado sua pré-candidatura.

“O PP se sente renegado” – disse Daltro, ao se dirigir a Pagot e a Percival Muniz. Ele criticou o que chamou de “desprezo” do PPS ao partido e procurou mensurar o tamanho dos progressistas em Mato Grosso. “Não podemos aceitar esse tipo de imposição e se for necessário vamos rediscutir nosso apoio à candidatura majoritária e nossas minoritárias” – disse, pouco antes de deixar o local da reunião. Diante da ameaça, Pagot e Daltro disseram que pretendem “resgatar” o PP para a aliança.

Outro insatisfeito é o PDT. O partido retirou a candidatura de Eraí Maggi ao Senado Federal para garantir o entendimento entre o PPS e o PFL. A sigla, no entanto, quer estar em uma aliança proporcional que possa garantir aos seus quadros condições de disputar vagas na Assembléia Legislativa e também na Câmara dos Deputados, em Brasília. “O PPS tem que ajudar a conduzir essa aliança. Tudo o que está sendo feito é para o PPS” – disse o deputado Carlos Brito, ao cobrar uma decisão efetiva do PPS.

E não é só: dentro do PTB há bolsões de insatisfação com a condução do processo de formação da aliança. O ex-vice governador Osvaldo Sobrinho admitiu que o partido quer uma vaga de suplente do PFL ao Senado e coligação com o PPS. Ele considera necessário também a formação de um “chapão” proporcional. “Do contrário – ele também ameaçou – vamos rever a nossa posição de apoiamento ao governador”. Sobrinho declarou que o entendimento sobre a participação do PTB na coligação já havia sido acertada com o próprio governador. Pagot e Percival, no entanto, demonstraram desconhecer a conversa mantida durante um almoço.

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