Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, busca apoio no segundo turno de governadores já eleitos no primeiro turno, o tucano Geraldo Alckmin quer como aliados o PMDB e o PDT.
Entre ontem e hoje, Lula disparou telefonemas até mesmo para adversários. O petista cumprimentou, por telefone, os tucanos José Serra, eleito governador de São Paulo, e Aécio Neves, reeleito governador de Minas Gerais.
Em São Paulo, Lula perdeu a eleição para Alckmin. O tucano teve 54,20% dos votos no Estado, ante 36,77% de Lula. Já em Minas Gerais, Lula teve 50,8% e Alckmin, 40,67%.
Na lista de Lula, ainda constam telefonemas para o governador eleito do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), Binho Marques (PT), que se elegeu governador do Acre; além dos petistas Wellington Dias, reeleito governador do Piauí, e Marcelo Déda, que irá comandar Sergipe a partir de 2007. Cid Gomes (PSB), eleito governador do Ceará, também recebeu os cumprimentos do presidente.
Alckmin, por sua vez, busca o apoio do PMDB, que deve eleger o maior número de parlamentares no Congresso Nacional, além de fazer quase uma dezena de governadores. Esse desempenho credencia o PMDB a ser um aliado estratégico para qualquer um que vença a eleição no dia 29.
Como há uma divisão no PMDB, o tucano deve buscar o apoio da ala de Michel Temer. “Nós já entramos em contato, o Tasso Jereissati [presidente do PSDB] com o presidente nacional do PMDB, presidente Michel Temer. O PMDB elegeu uma enorme bancada federal, é um partido importante.”
Ele também deve se empenhar para conquistar o apoio do candidato derrotado à Presidência Cristovam Buarque (PDT), que disputou o primeiro turno. “Acho que ele [Cristovam] levou uma mensagem muito forte para o país todo. Esse é o desafio do mundo moderno, o mundo do conhecimento, da ciência, da tecnologia”, afirmou Alckmin.