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Zé Roberto se despede do futebol com Palmeiras vencendo o Botafogo e assumindo a vice-liderança

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A partida desta segunda-feira valia a vice-liderança para o Palmeiras, conquistada com um triunfo de 2 a 0 sobre o Botafogo, com gols de Dudu e Keno, mas a grande atração do confronto ficou por conta de Zé Roberto. Aos 43 anos, o veterano atuou como lateral-esquerdo e fez sua última partida como atleta profissional.

Antes de a bola rolar, o ex-jogador da Seleção Brasileira recebeu uma placa, uma camisa enquadrada e diversas homenagens dos 23.562 pagantes, que cantaram que “Zé Roberto é animal”, em diversos momentos da partida. Na condecoração, entregue pelo presidente Mauricio Galiotte, o clube agradeceu pela “enorme contribuição em resgatar o orgulho do torcedor palmeirense”. José Roberto da Silva Júnior marcou um total de 10 gols em 132 partidas com a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Outra atração fora das quatro linhas foi a presença dos pais de Neymar e Lucas Lima na Arena. Ambos tiveram reunião com o Alviverde nesta segunda-feira, na Academia de Futebol, para acertar detalhes da transferência do meia santista – agenciado por Neymar pai – para o Verdão. Roger Machado, treinador da equipe para 2018, também acompanhou o confronto.

Em campo, O Palmeiras iniciou a partida mostrando sérias dificuldades para furar o bloqueio defensivo do Botafogo. Ao Alvinegro, armado no 4-2-3-1, faltou velocidade para explorar o espaço deixado por Moisés e Tchê Tchê, que subiam ao ataque e demoravam na recomposição, deixando Felipe Melo sozinho na marcação com a linha defensiva alviverde.

Taticamente, o Verdão apresentou inovações. A linha de zagueiros alta, criticada nos últimos jogos, foi recuada, e Dudu, que vinha atuando centralizado e produzindo pouco, voltou ao lado esquerdo, onde atua melhor.

Os erros de passe, que causaram dois gols na derrota contra o Avaí, porém, continuaram acontecendo. Principal articulador palmeirense, Moisés esteve irreconhecível na primeira etapa e ouviu reclamações de parte da torcida presente no Palestra Itália. Pela falta de criação, Borja pouco apareceu no jogo, e coube a Dudu e Keno buscar jogadas individuais a todo momento.

Para a segunda etapa, o Botafogo passou a atuar no 4-4-2, com Guilherme e Valencia formando a dupla de ataque. Do lado alviverde, o esquema tático se manteve, assim como os erros ofensivos.

No entanto, se Keno e Dudu tiveram boa atuação em jogadas individuais no primeiro tempo, quando a dupla atuou junta, o nível da apresentação subiu ainda mais. Primeiro, o camisa 7, de trás do meio-campo, deu lançamento espetacular para o companheiro, que foi atrapalhado pela marcação na hora da finalização. Depois, o 27 retribuiu o passe, Borja não alcançou, e o capitão surgiu na segunda trave para completar para as redes. Na comemoração, todo o grupo abraçou o quase aposentado Zé Roberto.

Keno, porém, achou que a homenagem ao Animal ainda era pouca e completou a festa com uma pintura. O atacante recebeu virada de jogo de Felipe Melo na direita, matou no peito, pedalou para cima de Gilson, cortou João Paulo e bateu de pé esquerdo no ângulo de Gatito Fernández. Após o golaço, o camisa 28 apontou para Zé Roberto, e festejou novamente com o veterano.

Com o placar ainda mais adverso, Jair Ventura sacou João Paulo e Guilherme para as entradas de Marcos Vinícius e Vinícius Tanque. Já Alberto Valentim trocou Moisés e Felipe Melo por Willian e Thiago Santos. O Pitbull, inclusive, após nova boa atuação, foi o único a ter o nome gritado pela torcida, além de Zé Roberto.

Assim, Dudu passou a ser o meia centralizado do Palmeiras e Willian ocupou sua vaga na esquerda. No Botafogo, a equipe alvinegra teve três atacantes, o que até melhorou o desempenho do Glorioso, mas não o suficiente para balançar as redes. Por fim, já aos 39 minutos, Dudu saiu de campo sob fortes aplausos da torcida para a entrada de Hyoran, que atuou durante seus primeiros minutos sob o comando de Alberto Valentim.

Ao apito final, os atletas do Palmeiras se reuniram no centro do gramado para saudar Zé Roberto, enquanto o locutor da Arena o homenageava e a torcida repetia os gritos de “Animal”. Depois, deixando todos os holofotes para o camisa 11, o elenco foi para os vestiários e deixou o veterano, visivelmente emocionado, fazer sua volta olímpica, jogando chuteira e caneleiras para a torcida.

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