Foi sofrido para o torcedor cruzmaltino, mas o Vasco conseguiu suportar a pressão do Santos e sair de campo com a vitória, por 3 a 1, na noite desta terça-feira, em São Januário. O Gigante da Colina saiu na frente no primeiro tempo, com gols de Fagner e Felipe, viu o Peixe diminuir com Danilo no começo da segunda etapa e sufocar até o final, porém, sem sucesso. Eder Luís ainda encontrou tempo para, nos acréscimos, fechar o triunfo carioca.
Com essa vitória, o Vasco chegou a 12° posição, com 33 pontos ganhos. Já os santistas seguem na sexta colocação, com 38 pontos, aguardando ainda o complemento da rodada para saber se será ultrapassado pelo Atlético-PR.
Na próxima rodada, o Alvinegro Praiano disputa um clássico ao receber o Palmeiras, no sábado, às 16 horas (horário de Brasília), na Vila Belmiro. Já o Gigante da Colina recebe um dia antes, às 21 horas, o Goiás, em São Januário.
O jogo – As duas equipes começaram o jogo buscando o gol. O Santos tomou mais a iniciativa da partida e assustou o Vasco em duas oportunidades. A primeira, aos quatro minutos, quando Marquinhos bateu falta direta para o gol, obrigando Fernando Prass a espalmar a bola para escanteio. A segunda, aos 10, Marcel recebeu bom passe de Danilo, mas ao invés de tocar para Neymar, tentou a bicicleta e furou o chute, desperdiçando a chance de abrir o placar.
Se por um lado os santistas tiveram oportunidades para inaugurar o marcador e não conseguiram, os cruzmaltinos aproveitaram bem as chances que tiveram para abrir dois gols de vantagem sobre o Peixe.
Aos 30, em boa jogada pela esquerda, Fagner tocou para Éder Luís, que desceu pela direita e rolou para trás, esperando a chegada do lateral direito. Fagner bateu de primeira, no ângulo de Rafael, que apesar de ter se esticado bastante para chegar a bola, não conseguiu fazer a defesa.
Empolgado pelo primeiro gol e com o Alvinegro Praiano abrindo espaço para os contra-ataques, o Gigante da Colina chegou rapidamente ao seu segundo tento. Em velocidade, os vascaínos pegaram a zaga do Santos aberta e Rafael Coelho sofreu pênalti do goleiro Rafael. Na cobrança, aos 36, o arqueiro defendeu a cobrança, que ainda bateu na trave, porém não conseguiu impedir que Felipe aproveitasse o rebote de sua própria cobrança para ampliar a vantagem.
Após os dois gols do Vasco e com a sua defesa exposta aos contra golpes do adversário, o técnico interino do Peixe, Marcelo Martelotte, resolveu remanejar no intervalo o seu sistema defensivo. Isto porque, os santistas voltaram com Pará no lugar de Zezinho para o segundo tempo. Com isso, Danilo saiu da lateral direita, posição que passou a ser ocupada por Pará, passando a atuar como volante, ao lado de Roberto Brum e Arouca.
E a substituição de Marelotte deu resultado, pois o Alvinegro Praiano passou a marcar sob pressão a saída de bola dos cariocas, se impondo contra o adversário. E a recompensa veio, aos 10, quando a zaga do Gigante da Colina não conseguiu interceptar a bola, Arouca aproveitou a desatenção da zaga do Vasco para deixar Danilo de frente com Fernando Prass, para bater na saída do goleiro cruzmaltino, diminuindo o placar.
Com a melhora do Santos na etapa complementar, o técnico do Gigante da Colina, PC Gusmão, resolveu mexer duas vezes no time, procurando frear a ascensão do Peixe no confronto. Aos 15, Rômulo entrou no lugar de Felipe Bastos e, dois minutos após, Jonathan substituiu Rafael Coelho.
Mesmo após as alterações, os santistas continuaram pressionando. E o sufoco do Peixe aumentou ainda mais quando o volante Jumar foi expulso, aos 31, pelo segundo cartão amarelo, após seguidas faltas sobre Neymar.
Com a vantagem numérica em campo, Marcelo Martelotte colocou a sua equipe mais a frente, aos 32, quando tirou o volante Roberto Brum para a entrada do atacante Tiago Luís – antes, Alan Patrick já havia entrado na vaga de Marquinhos, no Alvinegro Praiano, e Allan no lugar de Felipe, no Vasco.
No final, o Santos ainda teve uma boa oportunidade para empatar, aos 47, com Danilo. O lateral bateu colocado no ângulo esquerdo, mas Fernando Prass fez grande defesa. E os cariocas ainda encontraram tempo para, além de segurar a pressão, definir a vitória aos 50, com um gol de Éder Luís, para delírio da torcida vascaína.